O que fazer para ajudar bombeiros e vítimas?

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Muitas pessoas questionam-se por estes dias sobre o que podem fazer para ajudar os bombeiros e as vítimas dos incêndios no Centro do país, depois dos violentos incêndios que devastaram a região. Depois de ter apelado neste domingo à doação de água e bens alimentares, Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, pediu nesta segunda-feira a suspensão, por enquanto, da entrega de bens alimentares e medicamentos. Mota Soares diz que já tem "todos os stocks lotados" e agradece a ajuda dos portugueses.

Também a ministra da Administração Interna, num ponto de situação em Pedrógão Grande neste domingo à noite, referiu-se à "vaga de solidariedade" do país para pedir que as pessoas deixassem de fazer chegar alimentos ao local, uma vez que a quantidade era tal que estava a criar "dificuldades logísticas".

Nos últimos dias têm sido muitas as iniciativas para ajudar as vítimas dos incêndios e os bombeiros que os combatem na região Centro, naquela que é uma das maiores tragédias em Portugal nas últimas décadas, no que diz rspeito a vítimas mortais. O último balanço feito pelas autoridades nesta segunda-feira dá conta de 62 mortos e 135 feridos.

Donativos, contas solidárias e voluntários para trabalhar, são apenas exemplos de iniciativas postas em marcha pela sociedade civil. 

Bancos e seguradoras

O Grupo Montepio anunciou em comunicado a doação de 250 mil euros às vítimas dos incêndios que ainda lavram no distrito de Leiria. Em parceria com a União das Misericórdias Portuguesas, a Caixa Económica Montepio Geral anunciou ainda a criação de uma conta solidária para recolha de donativos a favor das famílias afectadas com o seguinte IBAN: PT50 0036 0000 99105922157 78  

O mesmo grupo anunciou também a criação de duas linhas de apoio financeiro, uma para particulares e outra para empresas da zona centro. Para particulares, a linha de apoio da Caixa Económica prevê a concessão de períodos de carência em empréstimos, reajustes de planos financeiros, a criação de uma linha de crédito para apoio às vítimas em condições excepcionais, bem como a criação de uma linha de financiamento à (re)construção de habitações, em condições também elas de excepção. Para as empresas da zona afectada, a Caixa Económica está a preparar a criação de uma linha de crédito para apoio à reconstrução imobiliária, aquisição de equipamentos, reposição de stocks e outras necessidades comprovadas pelo tecido empresarial dos distritos afectados. 

A Caixa Geral de depósitos criou uma conta solidária - Unidos por Pedrógão - e doou 50 mil euros para apoiar as vítimas da tragédia.
Os dados desta conta solidária são:
Conta Solidária Caixa 0001 100000 330
IBAN PT50 0035 0001 00100000330 42

 A Caixa anunciou ainda que vai criar condições diferenciadas para os seus clientes atingidos por esta calamidade.

O Novo Banco também decidiu doar 50 mil euros às vitimas da tragédia em Pedrógão Grande, através de uma conta solidária que abriu na sua plataforma de solidariedade, a NB Crowdfunding.
Os dados desta conta solidária:
Conta Solidária NOVO BANCO 0003 40461950
IBAN PT50 0007 0000 0034046195023

Por seu lado, o Millennium BCP abriu uma conta solidária e promete trabalhar em articulação com as autoridades locais no apoio à reconstrução e reparação dos danos causados pelos incêndios. A transferência deve ser feita para a conta IBAN PT50 0033 0000 45507587831 05. Os donativos através do Millennium BCP podem ser feitos através do site do banco (em www.millenniumbcp.pt clicar em “Millennium bcp - Solidário com Pedrógão e Castanheira), em qualquer sucursal Millennium ou na rede Multibanco. Podem ser ainda utilizados os canais Mobile: App Millennium (IOS/Android) e Mobile Web. Há também uma linha gratuita para esclaracer qualquer dúvida: 800 910 130.  

O Santander Totta abriu uma conta solidária com um contributo inicial de 500 mil do próprio banco. Os donativos podem ser feitos para a Conta: IBAN - PT50001800034483236802039

O BPI e a Fundação Bancária ”la Caixa”, em colaboração com a Câmara Municipal do Pedrógão Grande, atribuíram um milhão de euros ao apoio de emergência às vítimas do incêndio que afecta a região. Esta ajuda será dirigidas especialmente ao realojamento e a garantir a cobertura das necessidades básicas das vítimas, de acordo com as prioridades estabelecidas pela administração local. O donativo poderá ser completado com contribuições de particulares e empresas numa conta aberta pelo BPI, com o seguinte IBAN:

Conta BPI Solidariedade
PT50 0010 0000 5512 2890 0015 6

O BPI irá também disponibilizar duas linhas de crédito específicas para apoiar a reconstrução do património físico destruído e a recuperação de actividades económicas no âmbito dos serviços, indústria, agricultura e silvicultura, incluindo o adiantamento dos seguros ou das ajudas públicas, com o objectivo de acelerar o acesso a diferentes vias de financiamento. Os pedidos deverão apresentar-se no Balcão BPI de Pedrógão Grande.

Também a companhia de seguros Lusitânia, que pertence ao grupo Montepio, comprometeu-se a garantir a "análise célere das situações de sinistro" e a dar uma resposta "tão breve quanto venha a revelar-se possível às necessidades das famílias cujas apólices se encontrem sob sua gestão". 

A companhia de seguros Liberty vai deslocar "assim estejam reunidas as condições de segurança e as autoridades o permitam" uma unidade móvel de apoio ao cliente para as regiões afectadas. "Esta presença no terreno pretende assim ajudar os nossos clientes afectados a retomar a normalidade tão breve quanto possível, identificando os casos no próprio local e acelerando os processos e pagamento de indemnizações", refere um comunicado da Liberty Seguros.

Cáritas e Misericórdias

A Cáritas Portuguesa e a Cáritas Diocesana de Coimbra já manifestaram a sua solidariedade com todas as vítimas e seus familiares “da tragédia que surpreendeu o país”. Em comunicado, Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, e Luís Costa, presidente da Cáritas Diocesana de Coimbra, onde se integra a área de Pedrógão Grande afectada pelo incêndio, dizem que “estão a acompanhar a situação a partir do local”. A Cáritas disponibiliza para já 200 mil euros de apoio para “necessidades emergentes da população no local”. E também abriu uma conta solidária "para apoiar todas as vítimas dos incêndios". Os dados desta conta são:

Conta Cáritas (Caixa Geral de Depósitos): 0001 200000 730
IBAN PT50 0035 0001 00200000 730 54

Ao final da tarde deste domingo, um novo comunicado da Cáritas pedia os seguintes bens: lençóis e cobertores de Verão, atoalhados e roupa de criança. "Estes bens podem ser entregues nas Cáritas Diocesanas", a partir desta segunda-feira. "Porque é uma resposta de emergência, não há condições de se fazer qualquer tipo de triagem pelo que se apela a que todos os bens estejam em condições de utilização imediata."

Por seu lado, a Cáritas Internacional divulgou um comunicado manifestando solidariedade para com a população portuguesas colocando-se "ao inteiro dispor da Irmã Cáritas Portuguesa na soma de esforços imediatos para o pronto restabelecimento da situação". O breve comunicado assinado pelo secretário geral da Cáritas Internacional, Michel Roy, não concretiza nem quantifica, no entanto, nenhum tipo de ajuda.

Entretanto, esta terça-feira a Cáritas agradeceu a ajuda que nos últimos dias foi chegando às suas sedes e revelou que já não está a recolher roupas e outros bens de primeira necessidade.

A União das Misericórdias Portugueses (UMP) anunciou através de um comunicado que está a mobilizar as suas estruturas regionais nos distritos de Coimbra e Leiria para apoiar a população das zonas afectadas pelos incêndios na região centro do país. "Em estreita colaboração com o Governo, entidades locais e instituições de emergência e segurança, as Misericórdias de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Góis, Sertã, Pampilhosa da Serra, entre outras, e a UMP instalaram pontos de acolhimento e de informação para prestar toda a ajuda, apoio e esclarecimentos possíveis." A UMP avança que está a trabalhar com o Ministério da Saúde na região de Pedrógão Grande para dar apoio às vítimas. 

Espectáculos de solidariedade

Um grupo de artistas da zona de Leiria anunciou um espectáculo de solidariedade para com as vítimas do incêndio que deflagrou este sábado em Pedrógão Grande. O concerto vai realizar-se no dia 24 de Junho, às 21h30, no Teatro José Lúcio da Silva. Entre os artistas e bandas participantes estão David Fonseca e Orquestra Jazz de Leiria, Academia de Ballet e Dança - Annarella, Omnichord Records, Samp Pousos, Orfeão de Leiria Conservatório de Artes e Fade In - Associação de Ação Cultural. Segundo informação transmitida pelo Teatro José Lúcio da Silva nas redes sociais, os bilhetes no valor de 15 euros estarão à venda nas suas instalações a partir de segunda-feira.

A agência de espectáculos e produtora aveirense Sons em Trânsito (que representa artistas e grupos como Deolinda, António Zambujo, Pedro Abrunhosa, Luisa e Salvador Sobral) anunciou um concerto solidário no MEO Arena para o dia 27 de Junho, que juntará mais de 20 artistas em palco e que será transmitido em directo pela RTP. "Obviamente que ninguém vai ganhar um tostão com isto e todas as receitas obtidas reverterão para o apoio às vítimas e à reconstrução das áreas afectadas", escreveu o director daquela agência, Vasco Sacramento, num post na sua página de Facebook

Apoios institucionais

Fundação Calouste Gulbenkian constituiu um fundo especial, com uma dotação inicial de 500 mil euros, de apoio às organizações da sociedade civil da região "que apresentem respostas adequadas às necessidades identificadas". A Fundação Gulbenkian diz estar coordenada com a União das Misericórdias Portuguesas na avaliação da situação no terreno.

Aga Khan - o 49.º imam hereditário dos muçulmanos shia imami ismaili e fundador e presidente da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN), uma das maiores agências privadas de desenvolvimento (a Fundação Aga Khan, uma das agências da AKDN, opera em Portugal há mais de 30 anos) - vai doar 500 mil euros. Estes fundos, juntamente com outros angariados através de organizações locais e internacionais em resposta a esta crise, serão disponibilizados através do Ministério da Solidariedade e Segurança Social e servirão para apoiar as vítimas afectadas pelos incêndios na região centro do país.

A estação de televisão SIC, com o apoio MEO, NOS e Vodafone, criou uma linha solidária (Um Abraço a Portugal) de apoio às vítimas dos incêndios. Quando se liga para o 760 100 100 contribui-se com 60 cêntimos (preço/chamada: 0,60€+IVA).

RTP decidiu ajudar de duas formas: através de chamadas de valor acrescentado (760 200 600  - 0,60€ + IVA), nas quais 0,60€ do valor da chamada reverte para as vítimas do incêndio de Pedrogão Grande; e através da conta solidária IBAN  PT 50 0035 0001 00100000330 42

A plataforma Uber vai disponibilizar, através da sua aplicação, uma opção gratuita para os utilizadores doarem bens alimentares e material médico para ajudar bombeiros e vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande. Esta opção estará activa na próxima segunda-feira, dia 19 de Junho, entre as 10h00 e as 17h00, em Lisboa e no Porto.

Município de Oeiras está a receber águas e sumos no edifício da Polícia Municipal de Oeiras para serem enviados às populações e aos bombeiros que enfrentam os incêndios na região centro do país. A morada para os donativos é: Rua Manuel António Rodrigues, nº 5, Alto dos Barronhos, Carnaxide.

SAD do Leixões, clube da II Liga futebol, anunciou este domingo a oferta da receita do jogo de apresentação com o Rio Ave, num gesto de solidariedade para com as vítimas da tragédia de Pedrógão Grande. Num post no Facebook, a SAD do emblema de Matosinhos expressou a sua solidariedade, ao mesmo tempo que enviou os pêsames às famílias envolvidas. O jogo de apresentação da equipa de Daniel Kenedy está agendado para 15 de Julho e, até lá, disse à Lusa o presidente da SAD, Paulo Lopo, "será escolhida a entidade a quem será doada a verba".

AHRESP – Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (Deleg. de Castelo Branco), o Banco Alimentar Contra a Fome (Deleg. de Castelo Branco) e a AEBB – Associação Empresarial da Beira Baixa (sede Castelo Branco) são três entidades instaladas na região centro que decidiram unir esforço para abrir um centro de recepção de bens, para que, na medida do possível, "possam ajudar a amenizar os efeitos dos incêndios devastadores", que ocorreram este sábado e que continuam neste domingo. O espaço para a recepção dos bens, funcionará desde agora e diariamente entre as 9h00 às 18h00, nas instalações da AEBB - Associação Empresarial da Beira Baixa (NERCAB) com sede na Av.ª do Empresário, Praça NERCAB, em Castelo Branco. Telefones: 272 340 250 e 936 004 114 (Sónia Azevedo). Estas três associações pedem a doação de bens com as seguintes características: 

- Produtos alimentares não perecíveis;
- Frutas e legumes sem necessidade de frio imediato;
- Equipamentos e materiais agrícolas diversos;
- Vestuário;
- Lençóis, mantas, toalhas entre outros;
- Mobiliário;
- Eletrodomésticos;
- Materiais de construção diversos;

A gestão dos bens oferecidos será feita pelo Banco Alimentar.

A marca de combustíveis Prio Energy decidiu doar 4 mil litros de combustível e mantimentos directamente dos seus postos às corporações de bombeiros que estão a combater os incêndios de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera. Segundo um comunicado da Prio, esta ajuda está a ser feita desde domingo, a partir dos postos da marca de Figueiró dos Vinhos e Oleiros que, por estarem muito próximos das frentes de incêndio activas, têm permitido abastecer as diversas equipas de mais de 2000 bombeiros que estão na região a combater incêndios.

A Casa de Portugal em Macau abriu uma conta solidária para a ajudar aqueles que sofreram com os incêndios. As transferências podem ser feitas através do Banco Nacional Ultramarino através do número 9014444997. O destino dos donativos vai ser definido "a seu tempo", até porque "as coisas ainda estão a acontecer", disse à Lusa Amélia António, referindo-se nomeadamente ao facto de os incêndios ainda estarem a ser combatidos.

A Rede Multibanco, através do serviço “Ser Solidário”, está a facilitar a angariação de donativos destinados às populações afectadas pelos incêndios de Pedrógão, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera. Este serviço da SIBS volta a ser disponibilizado para apoiar causas de âmbito nacional, onde é tão relevante disponibilizar um canal universal para a recolha de fundos.

Os donativos podem ser feitos em qualquer uma das 12 500 caixas Multibanco existentes no país, através do serviço “Ser Solidário”, que transfere as verbas directamente para as contas das causas/entidades que estão a actuar no terreno e se associam a esta campanha: a União das Misericórdias Portuguesas (conta solidária do Montepio), o “Ser Solidário Pedrógão” (conta solidária da Caixa Geral de Depósitos) e a Cáritas.
 
Para quem quiser contribuir, o processo é simples. Depois de inserir o cartão e digitar o código pessoal secreto, o utilizador deverá seleccionar a opção “Transferências” e de seguida escolher o serviço “Ser Solidário”. Depois basta selecionar a instituição à qual pretende fazer o donativo - teclas “União das Misericórdias Portuguesas", “Ser Solidário Pedrógão” e “Cáritas" - e inserir o montante pretendido. Com o “Ser Solidário” não é necessário conhecer ou inserir o NIB da conta de destino, bastando apenas selecionar a causa/entidade escolhida e inserir o montante pretendido. Estes donativos podem ser usados para dedução fiscal, usando como comprovativo o recibo impresso no Multibanco, com o NIF inserido pelo utilizador.

Crowdfunding

Entre as iniciativas de crowdfunding, uma petição lançada ao meio-dia deste domingo pelo publicitário Sérgio Gonçalves e Tiago Cação na plataforma PPL Causas tinha alcançado, às 19h12, 72% do objectivo de 5000 euros. A própria plataforma solidarizou-se com esta causa aprovando de forma mais célere do que o habitual o pedido da sua criação (que obedece normalmente a vários procedimentos burocráticos) e estando a trabalhar num solução que permita ultrapassar o limite máximo estabelecido.  "Precisamos de todo o apoio possível para aliviar o sofrimento das populações afectadas", apela Sérgio Gonçalves, que nesta iniciativa conta com a ajuda do produtor e fotógrafo Tiago Cação. Contactado pelo PÚBLICO, o publicitário afirma que pretende ir pessoalmente às zonas afectadas assim que for possível para tentar determinar no terreno aqueles que mais precisam e garantir que os fundos angariados são gastos nos fins previstos.

António Honório e Gonçalo Cascais, emigrantes portugueses em Inglaterra, criaram uma campanha de angariação de fundos na plataforma JustGiving, que às 12h25 desta segunda-feira já tinha agariado 29% do objectivo de 10 mil libras. Em resposta a perguntas enviadas por email, Honório, natural de Alcobaça, afirma estar "em contacto com o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça e directamente com a Associação de Municípios de Leiria" bem com os responsáveis das misericórdias locais, "de modo a ter a certeza que as quantias angariadas são distribuídas por quem mais precisa". Entre os objectivos está a disponibilização de "dinheiro de bolso para as pessoas mais afectadas para comprar bens de primeira necessidade". "Em seguida, pensamos reconstruir as casas afectadas e melhorar o sistema de comunicação, utilizando a economia local para garantir que a uma tragédia natural não se junte uma tragédia económica".

Doação de alimentos e bebidas nos quartéis de bombeiros

Depois de ter apelado neste domingo à doação de água e bens alimentares, Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, pediu nesta segunda-feira a suspensão, por enquanto, da entrega de bens alimentares e medicamentos. Mota Soares diz que já tem "todos os stocks lotados" e agradece a ajuda dos portugueses.

Também a ministra da Administração Interna, num ponto de situação em Pedrógão Grande neste domingo à noite, referiu-se à "vaga de solidariedade" do país para pedir que as pessoas deixassem de fazer chegar alimentos ao local, uma vez que a quantidade era tal que estava a criar "dificuldades logísticas".

No entanto, um post no facebook dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande apela a donativos de águas, fruta e outros bens alimentares bem como barras de cereais energéticas. A mesma mensagem apela a donativos em dinheiro para o IBAN PT-50 0045 3332 4009 5238 1473 5.

Fora das localidades mais afectadas há várias corporações de bombeiros que estão a receber bens alimentares. Para quem estiver em Lisboa, por exemplo, pode entregar nos Bombeiros Voluntários de Lisboa, na Rua das Flores (Largo Barão Quintela):

- Água com gás (muito importante para a hidratação dos bombeiros depois do combate às chamas)
- Água oxigenada
- Compressas
- Ligaduras

Em declarações ao PÚBLICO, o segundo comandante Márcio Teixeira dos Bombeiros Voluntários de Lisboa confirmou que não existe nenhuma orientação a nível nacional para a recolha de alimentos, bebidas e outros bens de primeira necessidade. A acção de solidariedade desta corporação é individual e "acontece nesta situação como já aconteceu noutras semelhantes", esclaraceu a mesma fonte.

Para além do quartel dos Voluntários do Largo Barão de Quintela, a Câmara de Lisboa divulgou, entretanto, uma lista das corporações que estão a receber donativos de bens alimentares ou outros: 

- Ajuda (Rua Sá Nogueira),
- Beato (Rua do Grilo),
- Cabo Ruivo (Rua Montepuez),
- Campo de Ourique (Rua José Gomes Ferreira),
- Lisbonenses (Rua Camilo Castelo Branco)

Por seu lado, os responsáveis da página de Facebook On Coimbra, que agrega conteúdos sobre recursos culturais do distrito de Coimbra, telefonaram para várias corporações de bombeiros da região e divulgaram uma lista com o tipo de ajuda que se pode levar a cada um os quartéis:

Bombeiros Penela:
- Águas
- Fruta

Bombeiros Voluntários de Góis:
- Águas
- Fruta e outros alimentos
- Soro fisiológico (urgente)
- Pomadas para queimaduras

Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo:
- Águas
- Alimentos não perecíveis (ex. enlatados)
- Fruta
- Leite
- Soro fisiológico

Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital:
- Águas
- Alimentos não perecíveis

Bombeiros Voluntários Ansião:
- Águas
- Fruta
- Barras de cereais energéticas e bolachas
- Sumos

Bombeiros Vol. Coimbra:
- Águas
- Leite
- Barras de cereais energéticas

Bombeiros Sapadores de Coimbra:
- Aceitam donativos que serão depois entregues nas corporações mais necessitadas

Bombeiros Voluntários de Brasfemes:
- Águas
- Barras de cereais energéticas

Bombeiros Condeixa:
- Águas
- Barras de cereais energéticas
- Leite
- Sumos
- Conservas
- Fruta

Bombeiros Leiria:
- Aceitam donativos que serão depois entregues em Pedrógão Grande (cobertores e roupa, águas, leite, barras de cereais energéticas)

Bombeiros Alvaiázere:
- Água
- Fruta
- Barras de cereais energéticas

No final da lista, a página On Coimbra, deixa duas notas: 

- "As águas, sumos, leites e outros alimentos, solicitam-se gentilmente, se possível, em doses invidivuais/pacotes pequenos para poderem ser distribuídos por cada bombeiro.
- Infelizmente, não foi possível estabelecer contacto com os Bombeiros Voluntários de Pedrogão Grande e Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos".

Cuidados de saúde imediatos e técnicas forenses

A partir desta segunda-feira, os doze centros de saúde da região afectada pelos incêndios vão ser reforçados com três enfermeiros cada para dar apoio “aos feridos e aos familiares de vítimas que estão a sofrer com esta tragédia”, diz o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, José Tereso, que recebeu a ajuda de mais de 40 enfermeiros que se ofereceram através da sua Ordem profissional. “Os centros de saúde da região estão abertos [neste domingo] e a resposta está a ser articulada com a Cruz Vermelha, o Instituto Nacional de Emergência Médica, os bombeiros e a Segurança Social”, explica. Os centros de saúde em causa são os de Alviázere, Ansião, Castanheira de Pera, Penela, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa, Góis e Lousã. Para além da ajuda da Ordem dos Enfermeiros, também a Ordem dos Médicos ofereceu reforços às zonas afectadas, afirma José Tereso. Os feridos mais graves foram transportados para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, para as unidade de queimados e de cuidados intensivos. Nos hospitais havia neste domingo onze feridos que estão internados, para além de Coimbra, em Lisboa e no Porto. Também a Ordem dos Médicos Dentistas ofereceu ajuda às autoridades para a identificação dos cadáveres, segundo disse à Lusa o bastonário. Orlando Monteiro da Silva explicou que os médicos dentistas, sobretudo com formação na área da medicina legal, podem ajudar a identificar cadáveres através dos dentes, sendo este um dos meios “eficaz e rápido” de identificação.

O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) vai criar uma linha de apoio directo a doentes oncológicos e familiares das zonas afectadas pela vaga de incêndios na zona Centro do país. Enquanto esse número não é disponibilizado, os doentes podem esclarecer dúvidas através do telefone 239 487 490 ou do email nucleocentro@ligacontracancro.pt

Com Lusa

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