FC Porto sagra-se campeão de hóquei em patins pela 22.ª vez

Empate do Benfica frente ao Sporting, na última jornada, entregou o título nacional aos "dragões", que bateram o Riba d'Ave.

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A última jornada do campeonato nacional de hóquei em patins encerrava a decisão do título, que se jogava em dois rinques. No do Sporting-Benfica e no do FC Porto-Riba d'Ave. Os "encarnados" dependiam de si próprios, bastando-lhes alcançar o mesmo resultado que os "dragões", mas o empate no derby (5-5) impediu a equipa de Pedro Nunes de chegar ao "tri" e abriu as portas ao 22.º título da história do FC Porto.

Em Alverca, o Sporting entrou melhor no jogo e inaugurou o marcador por Sergio Miras, na sequência de uma grande penalidade repetida, depois de o árbitro ter considerado que Guillem Trabal se mexeu antes do remate do jogador do Sporting.

O Benfica respondeu praticamente no lance seguinte, num remate de meia distância de João Rodrigues que ainda contou com o desvio de Carlos Nicolía, mas uma perda de bola dos "encarnados" na saída para o ataque acabou por isolar Ricardo Oliveira, que não enjeitou a oportunidade de fazer o 2-1.

Até ao intervalo, raramente se repetiram ocasiões de golo, com o Sporting a gerir com tranquilidade a vantagem. E mais confortáveis ficaram os "leões" na partida quando João Pinto fez o 3-1 na recarga a um remate devolvido pela tabela de fundo.

O Benfica foi forçado a arriscar e Sergio Miras, num grande lance individual, aproveitou a passividade de Miguel Rocha para elevar a vantagem do Sporting para 4-1, praticamente sentenciando a partida.

Por essa altura, o FC Porto já goleava no Dragão Caixa. Depois de terem começado surpreendentemente a perder (0-1), os "dragões" responderam em grande, marcando cinco golos, três dos quais por Hélder Nunes, antes de Tiago Pimenta reduzir para 5-2.

Gonçalo Alves surgiu então em cena a assinar o segundo golo, elevando o marcador para 6-2, com a contagem a subir depois até aos 8-4. Em Alverca, o resultado já estava em 5-2 (golos de Diogo Rafael, João Pinto), mas o Benfica reduziu para 5-4 em pouco mais de um minuto, por João Rodrigues e Nicolía, e empatou a um minuto do fim.

A 23 segundos do final, o lance da polémica. João Rodrigues introduz a bola na baliza e faz o 5-6, mas o golo é anulado pela equipa de arbitragem (eventualmente por considerar que terá marcado com o corpo). O Benfica ainda dispôs de uma grande penalidade a 11 segundos do fim, mas o lance serviu apenas para confirmar a grande exibição de Ângelo Girão na baliza do Sporting.

Começava a festa a Norte, após um triunfo por 11-4, confirmando-se uma ultrapassagem do FC Porto ao Benfica na última curva do campeonato. Com uma recta final muito forte, que incluiu um triunfo no clássico com o rival directo, os "dragões" recuperaram terreno perdido e voltaram, quatro anos depois, a ser campeões. Contas feitas, o FC Porto está agora a um título dos "encarnados" no palmarés do campeonato.

"Este último minuto nunca mais acabava. Temos de estar satisfeitos pelo trabalho. Este é um prémio para o esforço desta equipa, que merecia. A equipa evoluiu e conseguir este campeonato, em vez do do ano passado, tem muito mais valor", resumiu Guillem Cabestany, treinador do FC Porto.

Em Alverca, o treinador derrotado, Pedro Nunes, lamentou o desfecho mas deu os parabéns ao vencedor e aos jogadores: “Não foi um bom Benfica durante o jogo, reagimos tarde demais. Ainda assim, marcámos um golo. Um erro de análise a segundos do fim pode ter muita influência na atribuição do título. Não tenho nada a apontar aos jogadores, foram enormes até ao fim e quero cumprimentar o novo campeão nacional”. 

 

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