Pélico mostra como soa a euforia ao estrear novo disco em Lisboa

Cantor e compositor paulista apresenta-se no final da tarde deste domingo no Espaço Espelho D’Água a estrear o seu mais recente trabalho, Euforia.

Foto
Pélico fotografado para o seu mais recente disco, Euforia JONAS TUCCI

Quem tiver programado a noite de domingo para ouvir Chico César fechar o festival Soy Loco por Ti, America (no Museu de Lisboa, às 22h) e quiser ampliar a sua noite brasileira em benefício próprio, pode começar pelo Espaço Espelho D’Água (junto ao Padrão dos Descobrimentos, em Belém), onde pelas 19h se apresentará Pélico.

Quem é Pélico? Não é propriamente um desconhecido, já vai no terceiro disco, tirando um anterior que ele renegou. Nascido em 31 de Janeiro de 1976 em São Paulo, Robson Pélico é um cantor, compositor e guitarrista brasileiro que, começando na música em finais da década de 1990, só viria a gravar em 2003 e logo um disco que mais tarde renegou, Melodrama. Por isso, a sua primeira gravação oficial foi O Último Dia de Um Homem Sem Juízo, de 2008, ano em que participou num concerto de homenagem a Raul Seixas, no SESC Pompéia, ao lado de Elza Soares, Marcelo Nova e Rebeca Matta. O segundo disco chegou em 2011: Que Isso Fique Entre Nós, com 15 temas de sua inteira autoria (como Sem medida, Recado ou Sete minutos de solidão) mais um composto em parceria com Estêvão Bertoni (Não corra, não mate, não morra).

Em 2013, Tom Zé convidou-o a participar de seu disco Tropicália Lixo Lógico e, como réplica, Pélico escreveu a canção Meu amigo Zé, em sua homenagem, canção essa que integra o seu mais recente (e terceiro) disco, Euforia, lançado em 2015. É este que (em fim de tournée) Pélico vai agora apresentar em Lisboa pela primeira vez.

Com um largo lote de influências onde cabem a pop, o rock, Cartola, Lulu Santos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, participando em homenagens a músicos como Raul Seixas, Cássia Eller, Luiz Gonzaga ou Ângela Rô Rô, Pélico assina todas as faixas de Euforia, canções como Sobrenatural, Sozinhar-me (inspirada num termo criado pelo escritor moçambicano Mia Couto), Olha só, Escrevo, Overdose, O meu amor mora no Rio, Calado, Você pensa que me engana, Vaidoso ou a já citada Meu amigo Zé.

Em Euforia, ele escreve: “E num momento de estiagem/ não me falte a coragem/ de ser o que sou/ porque sou sonhador dos meus dias.” Nesta estiagem portuguesa, se quiserem saber como ele soa ao vivo, não é difícil: vão ouvi-lo ao Espelho de Belém.

Sugerir correcção
Comentar