PS quer saber quais os estudos e critérios para decidir localização da AEM

Carlos Abreu Amorim, do PSD, pede desculpa a quem o elegeu e a todos os que também vêem "o centralismo como a pior doença crónica" do país por ter aprovado um voto de saudação sem ler.

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Parlamento aprovou por unanimidade “voto de saudação” pela candidatura portuguesa à agência Miguel Manso

“Quais os estudos realizados que vão sustentar a decisão final de localização da Agência Europeia do Medicamento? Quais os critérios que determinam a decisão da localização da Agência Europeia do Medicamento? Existe algum impedimento para que a cidade do Porto possa apresentar a sua candidatura para acolher a sede da Agência Europeia do Medicamento?”

Os deputados do PS enviaram, no início da semana, três perguntas aos ministérios da Saúde e ao dos Negócios Estrangeiros sobre o processo de localização da Agência Europeia do Medicamento, que vai sair de Londres na sequência do Brexit. No documento – assinado por Carla Sousa, Ricardo Bexiga, João Torres, Joana Lima, Tiago Barbosa Ribeiro, e Fernando Jesus – os deputados defendem, entre outras considerações, que a presença da EMA “é um factor de prestígio para o país que a acolhe e tende a actuar como pólo de atracção da presença da indústria farmacêutica, potenciando, em particular, as áreas de investigação e desenvolvimento e os ensaios clínicos”.

O processo tem desencadeado polémica, uma vez que muitos deputados criticam agora que a escolha recaia sobre Lisboa, quando antes aprovaram por unanimidade um texto no qual se lia que “a Assembleia da República, reunida em plenário, saúda e apoia a candidatura de Portugal à fixação da sede da Agência Europeia de Medicamentos em Lisboa, como de interesse nacional.”

O deputado do PSD, Carlos Abreu Amorim, por exemplo, já pediu desculpa no Facebook por ter aprovado aquele voto de saudação, proposto pelo PS. “Deveria ter lido o voto de saudação com maior atenção e percebido que o PS estava a entronizar Lisboa como sede da AEM à boleia da candidatura de Portugal”, lamenta. "Por não ter tido esse dever de cuidado peço desculpa aos meus eleitores e a todos aqueles que também consideram o centralismo como a pior doença crónica do nosso país", acrescenta. 

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