Um olhar sobre os rivais de Portugal na fase de grupos

México, Rússia e Nova Zelândia discutem com a selecção portuguesa uma vaga nas meias-finais.

A qualidade do México, o amor próprio da Rússia e a irreverência da Nova Zelândia. Em cada um dos adversários que vai defrontar na fase de grupos, Portugal vai encontrar obstáculos de natureza diferente. O PÚBLICO deixa-lhe o essencial sobre as selecções que separam o campeão europeu das meias-finais da Taça das Confederações.

México: um perfil dominador

Títulos 1                Ranking FIFA 17.º

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Chega a esta prova com uma selecção competitiva e com um título no bolso, obtido em 1999, uma edição em que cumpriu o papel de anfitrião. Líder destacado da fase final de qualificação da CONCACAF para o Mundial 2018, o México tem vivido um período de estabilidade desde que o colombiano Juan Carlos Osorio assumiu o cargo de seleccionador. Foi em Outubro de 2015 e, desde então, a equipa disputou 24 jogos e somou apenas duas derrotas. Habitualmente disposta em 4-2-3-1, é uma selecção que gosta de controlar com bola, ousada na forma como sobe o seu bloco e com um naipe de atacantes de grande qualidade, a começar em Giovani dos Santos e a acabar em Javier Hernández, passando pelo avançado do Benfica Raúl Jiménez. O extremo Jesús Corona é um dos ausentes, po razões de ordem física, mas o FC Porto terá, ainda assim, dois representantes: Miguel Layún e Hector Herrera, habitual titular.

Rússia: tempo de arrepiar caminho

Títulos 0                 Ranking FIFA 63.º 

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Irregularidade é uma palavra que ilustra bem o que tem sido a carreira da Rússia ao longo dos últimos anos, incapaz de se afirmar nos grandes torneios (no Euro 2016 foi mesmo última do grupo). A aposta mais recente da federação, para conduzir os destinos da equipa, recaiu no antigo guarda-redes Stanislav Cherchesov, que ainda não encontrou a fórmula do sucesso (nove jogos, três vitórias, três empates, três derrotas). Sem terem disputado partidas oficiais nos últimos meses, graças ao estatuto de anfitriões do Mundial 2018, os russos têm deambulado tacticamente entre o 3-5-2 e o 4-2-3-1, mantendo na baliza uma referência de longa data (Akinfeev), Glushakov como peça-chave num meio-campo que também confia muito na qualidade de Samedov e, mais à frente, Smolov como avançado em melhor plano, ao lado de Dmitri Poloz. Uma selecção praticamente na máxima força.

Nova Zelândia: contexto frágil na defesa

Títulos 0                 Ranking FIFA 95.º

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A ausência por lesão do defesa Winston Reid é a mais incómoda das dores de cabeça que o jovem seleccionador (36 anos) Anthony Hudson terá de debelar. É verdade que a Nova Zelândia não surge na Rússia com aspirações muito elevadas, mas promete ser uma equipa de combate, organizada no momento defensivo e à procura de esticar o jogo na frente. É, de resto, no último terço que os neo-zelandeses apresentam a sua maior referência, o avançado — e capitão de equipa — Chris Wood, que fez 27 golos em 44 jogos no Championship (pelo Leeds United) e soma 19 golos em 49 internacionalizações. Com Wood e provavelmente o veterano Shane Smeltz no ataque, as bolas paradas ofensivas são também um dos predicados desta selecção, que habitualmente opta por se organizar num 5-3-2 que, no momento da criação, depende muito do que Marco Rojas (médio ofensivo de ascendência chilena) conseguir fazer. Confortável dentro do seu hemisfério futebolístico, a Nova Zelândia tem sentido dificuldades quando enfrenta adversários mais capazes, como aconteceu nos recentes jogos particulares com Bielorrússia e Irlanda do Norte. 

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