Morreu uma mulher que ficou ferida na debandada de adeptos da Juventus

Erika Pioletti, 38 anos, não resistiu aos ferimentos que sofreu na noite de 3 de Junho, quando estava a assistir numa praça de Turim à final da Liga dos Campeões.

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As autoridades italianas ainda estão a investigar o que provocou o pânico na praça de San Carlo Giorgio Perottino/Reuters

Uma adepta da Juventus morreu nesta quinta-feira à noite, no hospital, quase duas semanas depois de ter ficado ferida na debandada que se gerou em Turim, provocada por um falso alarme, enquanto milhares de adeptos assistiam à final da Liga dos Campeões no centro da cidade.

A 3 de Junho, cerca de 30 mil pessoas estavam na praça de San Carlo a assistir através de uma tela gigante ao jogo entre o Real Madrid e a Juventus, que estava a decorrer em Cardiff. O câmara de Turim e o clube confirmaram, em declarações separadas, a morte da fã — chamava-se Erika Pioletti e tinha 38 anos.

"A Juventus Football Club gostaria de expressar as suas sinceras condolências pela morte de Erika", disse o clube em comunicado. "Os factos que ocorreram em Turim a 3 de Junho e as vítimas da tragédia da cidade permanecem nos corações e nas mentes de todos os envolvidos no clube", acrescenta.

Mais de 1500 pessoas ficaram feridas quando os adeptos entraram subitamente em pânico e tentaram sair da praça. A maioria sofreu lesões ligeiras, mas uma criança de sete anos ficou em coma, durante mais de uma semana. Encontra-se, de momento, a recuperar.

Durante a segunda metade do jogo, em que o Real Madrid estava a ganhar 4-1, as câmaras de vídeo mostram, de repente, a multidão de adeptos do Juventus a mexer-se, e as pessoas a começarem a ser empurradas contra as barreiras.

A polícia ainda está a investigar a repentina dispersão da multidão. Algumas testemunhas relataram ouvir fogos-de-artifício, outros contam que um adepto lançou spray pimenta para o ar, dificultando a respiração da multidão.

Os críticos acusaram a autarquia, dirigida pelo Movimento 5 Estrelas, de má organização. "O que aconteceu pesará sobre aqueles que são responsáveis directa e indirectamente", disse o líder do Partido Democrata, o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, esta sexta-feira.

O presidente da câmara da cidade do Norte da Itália, Chiara Appendino, pediu desculpas e decretou um dia de luto por Erika Pioletti.

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