As fontes de Roma não são para refrescar nem fazer cinema — e há multas para quem o fizer

O novo decreto abrange 40 fontes e pretende preservar a "dignidade" do património histórico e artístico da capital italiana.

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Quem desrespeite a lei pode ser multado até 240 euros LUSA/MAURIZIO BRAMBATTI

Os autarcas italianos estão empenhados em preservar o património cultural do país. Depois de Florença ter proibido piqueniques junto dos monumentos da cidade, a presidente da câmara de Roma, Virginia Raggy, proíbe agora que os turistas se refresquem nas históricas fontes da capital italiana. O novo decreto foi anunciado na segunda-feira e vai prolongar-se até 31 de Outubro.

Num vídeo publicado no seu Facebook, Raggi afirma que "não serão tolerados comportamentos que desrespeitem a dignidade" dos monumentos da cidade. Para a presidente da câmara, “a beleza de Roma deve ser respeitada por todos” e quem não cumprir a lei poderá ser multado até 240 euros.

Na lei estão incluídas 40 fontes da capital italiana, entre as quais a Fontana di Trevi, a Fontana della Barcaccia e os monumentos em mármore nas Piazza del Popolo, Navona e Trastevere, noticia o Telegraph. A lei proíbe ainda piqueniques nesses locais, que os turistas se sentem nos rebordos de mármore das fontes e que utilizem essa água para refrescar os seus animais. 

De acordo com Virginia Raggi, citada pelo jornal britânico, o objectivo do novo decreto é “preservar e proteger o património histórico, artístico e arqueológico de Roma”. A autarca avança ainda que "a polícia de Roma está encarregada de controlar estes locais com mais atenção".

Segundo o Independent, em 2015, seis turistas britânicos entraram despidos na Fonte dos Naiads, tendo sido acusados de atentado ao pudor.

Já em Julho do ano passado, três jovens mergulharam na Fonte dell’Acqua Paola, com 400 anos. Na mesma altura, uma jovem britânica entrou na Fontana di Trevi, com o propósito de copiar uma cena do filme La Dolce Vita. A jovem foi multada em 450 euros.

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