Woodstock passou a ser (oficialmente) histórico

Os terrenos em que se realizou o mítico festival de 1969 foram integrados no Registo Nacional de Locais Históricos dos Estados Unidos.

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John B. Sebastian foi o primeiro música a subir a palco no festival que reuniu mais de 400 mil pessoas DR

Antes do Verão de 1969, era apenas uma quinta, a quinta de Max Yasgur em Bethel, no Estado de Nova Iorque. Uma quinta distinta que aquele filho de judeus russos transformara, com as suas 650 vacas, na maior produtora de leite da zona. Depois daqueles três dias de Agosto (15, 16 e 17), tornou-se uma outra coisa: o cenário de um dos marcos culturais da década de 1960, o festival de Woodstock, ícone máximo dos anos da contracultura hippie pregando “Paz e Amor”. O seu lugar na história foi agora oficializado, com o anúncio feito pelo Governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, de que a antiga quinta foi integrada no Registo Nacional de Locais Históricos dos Estados Unidos.

Cuomo classificou o festival como “um momento crucial tanto na história de Nova Iorque como na dos Estados Unidos”. O local onde está hoje instalado o Centro Para as Artes de Bethel Woods, onde são desenvolvidas actividades culturais e educativas com o objectivo de “preservar o espírito dos anos 1960”, disse a administradora Darlene Fedun à Rolling Stone, acolheu em 1969 mais de 400 mil pessoas vindas dos quatro cantos dos Estados Unidos.

Promovido como “Uma Apresentação Aquariana: Três Dias de Paz & Música”, teve como protagonistas Jimi Hendrix, Janis Joplin, Joan Baez, Crosby, Stills, Nash & Young, Sly & The Family Stone, The Who, Santana ou Ten Years After. O documentário subsequente, Woodstock, realizado por Michael Wadleigh, transformou o acontecimento num fenómeno global, mitificando-o bem para além das fronteiras americanas.

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