Exposição de Almada Negreiros na Gulbenkian recebeu 135 mil visitantes

Os números agora anunciados fazem de José de Almada Negreiros. Uma maneira de ser moderno "uma das exposições de arte mais visitadas de sempre" na história da instituição.

Foto
MIGUEL MANSO

A exposição dedicada a Almada Negreiros na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que encerrou na segunda-feira, recebeu um total de 135 mil visitantes em quatro meses, o que a torna "uma das exposições de arte mais visitadas de sempre" na instituição.

José de Almada Negreiros. Uma maneira de ser moderno, que esteve patente entre 3 de Fevereiro e 5 de Junho, teve horários alargados até à meia-noite no último fim-de-semana, devido ao grande fluxo de público: ali terão acorrido mais de sete mil pessoas, que formaram longas filas de espera.

Com curadoria de Mariana Pinto dos Santos, historiadora de Arte e investigadora integrada do Instituto de História de Arte da Faculdade de Ciência Sociais e Humanas, em colaboração com Ana Vasconcelos, conservadora do Museu Calouste Gulbenkian, esta exposição deu a ver as variadíssimas linguagens artísticas que Almada experimentou ao longo da vida.

As curadoras colocaram em relevo as suas pesquisas matemáticas e geométricas em pintura, as obras no espaço público da cidade de Lisboa, o carácter de narrativa gráfica que se encontra em vários dos seus trabalhos, o diálogo com o cinema, e a importância do auto-retrato na sua obra, entre outros aspectos do trabalho deste nome fundamental do modernismo português.

A mostra reuniu perto de quatro centenas de obras, muitas delas inéditas, e aconteceu cerca de um quarto de século depois da última retrospectiva dedicada ao artista.

Almada Negreiros (1893-1970) deixou uma vasta obra de pintura, desenho, teatro, dança, romance, contos, conferências, ensaios, livros manuscritos ilustrados, poesia, narrativa gráfica, pintura mural e artes gráficas, cuja produção se estendeu ao longo de mais de meio século.     

Sugerir correcção
Comentar