Nove anos de prisão por incendiar casa de banho em pleno voo

Homem tinha consumido álcool antes e durante a viagem de avião. As chamas foram controladas. A bordo seguiam mais de 200 pessoas.

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O episódio aconteceu num avião da companhia Monarch Airlines, em Agosto de 2015 REUTERS/Toby Melville

Um tribunal britânico decidiu duplicar a pena de prisão aplicada a um homem que ateou fogo a uma casa de banho de um avião, em pleno voo. O avião, da companhia aérea Monarch Airlines, transportava mais de 200 pessoas e seguia de Birmingham, no Reino Unido, para Sharm el-Sheikh, no Egipto. O episódio aconteceu em Agosto de 2015 e, em Janeiro deste ano, o britânico de 46 anos, John Cox, confessou ser culpado. Agora, viu a sua pena de prisão duplicar de quatro para nove anos e seis meses.

Quando o avião estava a mais de dez mil metros de altitude e a cerca de 160 quilómetros do território egípcio, o comandante foi informado de que a tripulação não estava a conseguir apagar as chamas num caixote do lixo para papéis, colocado dentro de uma das casas de banho da aeronave. Aí, decidiu dar o alerta mayday e pediu para fazer uma aterragem de emergência, escreve o Guardian. O avião transportava 194 passageiros e sete membros da tripulação.

Em Janeiro deste ano, no Tribunal de Birmingham, o homem confessou ser culpado de fogo-posto e de ter sido negligente quanto ao perigo de morte em que colocou os restantes passageiros. Na altura, foi sentenciado a quatro anos e seis meses de prisão. Os juízes de recurso consideraram que a pena era “excessivamente complacente” e aumentaram-na para nove anos e seis meses. O homem tinha sido detido pelas autoridades egípcias aquando da aterragem do avião e, posteriormente, pelas autoridades britânicas já no Reino Unido. John Cox tinha consumido álcool tanto durante a viagem como antes de embarcar no avião e foi "rude" e "agressivo" quando confrontado pelos membros da tripulação e pelos passageiros, escreve o Guardian.

Por um “extraordinário golpe de sorte”, disse na passada quinta-feira Victoria Sharp, da justiça britânica, estava presente no avião um passageiro que tinha trabalhado num serviço de combate a incêndios e ajudou a tripulação a controlar as chamas, permitindo que o avião pudesse aterrar em segurança.

Durante a mesma viagem, houve ainda um primeiro incêndio numa outra casa de banho mas foi apagado pelos membros da tripulação. Horas depois, registou-se o segundo incêndio, causado por John Cox, após um aviso do comandante para que não se fumasse dentro das aeronaves.

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