Assessor de Michel Temer preso por desvio de verbas

Três suspeitos detidos esta terça-feira estão implicados no escândalo da remodelação do estádio Mané Garrincha, usado no Mundial de 2014.

O estádio Mané Garrincha, em Brasília
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O estádio Mané Garrincha, em Brasília Reuters
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O momento da detenção do assessor especial de Tadeu Filippelli Paulo Whitaker/Reuters

A Polícia Federal brasileira prendeu esta terça-feira um assessor muito próximo do Presidente Michel Temer, Tadeu Filippelli, e dois antigos governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz. São acusados de desvio de verbas, tendo lesado do Estado em 900 milhões de reais (240 milhões de euros) e levado à insolvência de uma empresa pública.

As prisões acontecem no âmbito de investigações a redes de corrupção e são um dos resultados da "delação premiada" (cedência de informações a troco de redução de penas ou imunidade) de directores da empresa de construção Andrade Gutierrez. O caso envolve a reconstrução do estádio Mané Garrincha, em Brasília, um dos usados no Mundial de futebol de 2014 e a mais cara arena da "copa".

Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, e citadas pela imprensa brasileira, a remodelação do estádio foi sobrefaturada em cerca de 900 milhões de reais. Os trabalhos deveriam ter custado 600 milhões de reais mas as contas foram fechadas em 1,5 mil milhões de reais (430 milhões de euros). Os três homens agora detidos estão envolvidos na sobrefacturação.

As obras no estádio foram financiadas pela empresa pública do Distrito Federal Terracap, que entrou em insolvência devido aos prejuízos.

A prisão de Filippelli - assessor especial do Presidente - constitui mais um problema para Michel Temer, acusado de obstrução à justiça, corrupção e organização criminosa.

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