Coreia do Sul disparou contra objecto não identificado que sobrevoava fronteira

De acordo com a agência Yonhap, o objecto poderá ser um drone.

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Reuters/KCNA KCNA

O exército sul-coreano disparou, esta terça-feira, tiros de aviso contra um objecto suspeito que terá sobrevoado a fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Este episódio vem intensificar a tensão entre os dois países, depois de na passada semana a Coreia do Norte ter iniciado os testes de um novo míssil.

De acordo com uma fonte militar, a identidade do objecto não é clara, mas a agência de notícias Yonhap avança que poderá tartar-se de um drone. Ainda segundo esta agência, as tropas sul-coreanas dispararam cerca de 90 tiros contra o objecto, levando-o a sair dos radares. 

Em 2014, dois drones caíram numa ilha da Coreia do Sul e outro perto da fronteira. De acordo com as investigações, os dois drones eram provenientes da Coreia do Norte.

Num comunicado publicado no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-corano, o ministro Wang Yi pede a Pyongyang para que “não viole mais as resoluções propostas pelo Conselho de Seguranças da Nações Unidas”.

Wang Yi pede para que nenhum país se deixe influenciar por estes ataques, mas que se mantenham “persistentes em relação às resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”. De acordo com a Reuters, Wang Yi afirma que é através do “diálogo e de meios pacíficos” que se irá resolver os conflitos entre as duas Coreias.

A Reuters avança ainda que o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte terá afirmado que o país possuí “todas as capacidades” para lançar um ataque nuclear contra o Havai e o Alasca, bem como no restante território norte-americano. Na segunda-feira, o Governo da Coreia do Norte afirmou que o sucesso do lançamento do novo míssil de médio alcance, cumpre todos os requisitos para a sua produção em massa, segundo a mesma agência.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou este lançamento, tendo expressado a sua preocupação para com o comportamento da Coreia do Norte. Segundo a Reuters, numa conferência sobre o desarmamento que ocorreu na manhã desta terça-feira em Genebra, o general norte-coreano Ju Yong Chol afirmou que os testes são um acto legítimo de defesa de uma “potência nuclear de pleno direito”.

 

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