Trump está a descobrir que em Israel nada é simples

O Presidente dos EUA visita Israel esta segunda-feira. O optimismo que o Governo de Telavive tinha em relação a Trump parece estar a esmorecer.

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Trump vai ser o primeiro Presidente dos EUA a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém EPA/ABIR SULTAN

Donald Trump é um Presidente que gosta de fechar acordos. E, nas palavras do próprio, resolver o conflito israelo-palestiniano é “o acordo do século”. Mas se os preparativos para a viagem que inicia esta segunda-feira a Israel e à Palestina servem de algum indicador é de que fechar esse acordo não será tão fácil como o magnata poderia pensar.

A agenda das visitas foi objecto de várias alterações nas últimas semanas, de acordo com o Washington Post. Trump será o primeiro Presidente norte-americano a visitar o Muro das Lamentações, mas é incerto se será acompanhado por algum dirigente ou líder religioso israelita. Na quinta-feira, numa entrevista ao jornal Hayom, Trump disse que “ainda não foi tomada uma decisão final” quanto à visita ao local mais sagrado onde os judeus estão autorizados a rezar. Para além disso, o comunicado do Departamento de Estado não mencionava a soberania israelita sobre o local.

Outro assunto que está a incomodar o Governo israelita é a falta de progressos na transferência da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém – uma das promessas de Trump. Nunca um Presidente autorizou a mudança para a cidade que a ONU considera ocupada ilegalmente por Israel.

Um ponto da agenda que mereceu reparos foi a curta passagem no memorial do Holocausto. Inicialmente, Trump tinha reservado apenas meia hora para visitar aquele que é um local obrigatório para todos os líderes norte-americanos, mas os reparos de alguns dirigentes israelitas levaram a Casa Branca a prolongar para uma hora.

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