Ministério Público foi alvo de ataque informático

Sistema interno de comunicações já voltou à normalidade.Procuradora-geral da República garante que a base de dados não foi atingida.

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Também o portal do Ministério Público foi afectado NELSON GARRIDO

O sistema interno de comunicações do Ministério Público (MP) esteve 24 horas em baixo na sequência de um ataque informático, mas ao início da noite desta sexta-feira já estava a funcionar normalmente.

“Foi alvo de uma tentativa de ataque intenso e persistente, que levou os serviços da Procuradoria-Geral da República, por precaução, a encerrar temporariamente o site”, refere uma nota informativa enviada já nesta sexta-feira à tarde aos magistrados, quando foram restabelecidas as comunicações via Sistema Interno do Ministério Público (SIMP).

Segundo alguns procuradores, o funcionamento do sistema informático apresentava anomalias. Nuns casos havia quem se queixasse de lentidão, noutros existia intermitência nas comunicações. A mesma nota informativa admitia, embora como hipótese pouco provável, que se tivesse perdido alguma da informação carregada no sistema entre o início do ataque e o encerramento temporário do sistema, feito na quinta-feira ao meio-dia.

Embora o problema impeça a troca de mensagens e ofícios entre departamentos, não afectou os processos judiciais, que correm noutra plataforma informática, o Citius.

“Houve um ataque que levou a que fosse abaixo o sistema do Ministério Público (...), afectou ligeiramente o portal e o chamado SIMP que é uma intranet com mais algumas funcionalidades do próprio MP. Neste momento está reposta a normalidade”, afirmou entretanto a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, em declarações à margem do Encontro Nacional de Avaliação da Actividade das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens que decorreu em Idanha-a-Nova.

Joana Marques Vidal afirmou que o ataque não atingiu bases de dados com informação sensível nem perturbou os sistemas de despacho de processos. “A actividade processual no âmbito dos processos do MP não foi minimamente afectada”, afirmou a procuradora-geral, adiantando que o sistema atingido “não é um sistema no qual haja qualquer tipo de tramitação processual”.   

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