Ilda Figueiredo fala de “uma profunda falta de transparência” no caso Selminho

Candidata da CDU à Câmara do Porto recorda que a CDU foi a única força política a apresentar queixa no Ministério Público.

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Ilda Figueiredo afirma que a CDU foi a única força política que apresentou queixa no Ministério Público RG Rui Gaudencio

A cabeça de lista da CDU à Câmara do Porto, Ilda Figueiredo, diz que há uma “profunda falta de transparência” caso Selminho, que está a ser investigado pelo Ministério Público (MP) na sequência de queixas que foram apresentadas sobre a empresa imobiliária de que Rui Moreira é sócio.

“Todo o processo tem uma profunda falta de transparência que é grave e nós temos a consciência de que é grave desde há muito e por isso é que entregamos uma queixa no Ministério Público”, afirmou a candidata da CDU.

Ilda Figueiredo pede que haja uma “clarificação de todo o processo, quer em relação à Selminho”, quer quanto às posições do presidente da câmara e das responsabilidades políticas e jurídicas que existem neste processo”. 

"Aguardamos pelo trabalho que o Ministério Público está a fazer. A CDU apresentou em Dezembro passado uma queixa sobre o caso e até hoje, foi a única força política que o fez. Não em campanha eleitoral, ou pré-campanha, mas quando o problema surgiu", observou.

Quanto às dúvidas sobre a propriedade do terreno da Selminho, que integra uma parcela municipal que nunca foi desafectada do domínio público, Ilda Figueiredo declara que "tudo leva a crer que há nova sonegação de documentos" aos órgãos autárquicos. A referência a informação “sonegada” tem que ver com a notícia avançada pelo PÚBLICO na edição desta quinta-feira que dá conta de um parecer feito por um técnico superior da Câmara do Porto que conclui que uma parcela de 1.621 metros quadrados que integra a área apresentada pela Selminho para construção é municipal. E há também uma parcela de 40 metros quadrados que fazem que fazem parte do domínio público o que impede a construção por parte da Selminho. O parecer não era do conhecimento do executivo e a autarquia manteve a sua circulação reservada ao gabinete da Presidência e aos serviços jurídicos.

A candidata da CDU prefere não fazer mais considerações, aguardando pela decisão do Ministério Público.

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