Restam 17 recrutas no actual curso dos Comandos

Nas primeiras cinco semanas do curso, três instruendos foram transferidos para o Hospital das Forças Armadas.

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Instruendos do curso 128 recebem nesta terça-feira visita de deputados no Regimento da Carregueira Rui Gaudêncio

O Curso 128, o primeiro a realizar-se após as duas mortes no Curso 127, começou a 7 de Abril com 57 voluntários seleccionados. Ontem, restavam 17 — cerca de 70% abandonaram a formação —, adiantou o tenente-coronel Vicente Pereira, porta-voz do Exército.

“Quarenta instruendos abandonaram o curso. Desistiram a seu pedido”, resumiu. O responsável também confirmou que a Prova Zero “deixou de existir nos moldes anteriores”. A Prova Zero “deixou de fazer parte do referencial de curso aprovado”, acrescentou.

Nas primeiras cinco semanas do curso, três instruendos foram transferidos para o Hospital das Forças Armadas, dois dos quais tiveram alta três dias depois e um deles esteve internado dois dias por traumatismo do joelho.

Os deputados da Comissão de Defesa visitam hoje o Regimento dos Comandos, na serra da Carregueira, para ver como estão a decorrer as actividades do Curso 128 após as alterações nas regras e no calendário da instrução.

“Vamos lá ver o primeiro curso [que se realiza] depois das alterações [propostas pela inspecção técnica extraordinária e aplicadas pelo Exército]”, disse o deputado do PSD Marco António Costa, que preside à Comissão da Defesa.

Três responsáveis da instrução, responsabilizados em averiguações internas, recorreram. Agora, informa o Exército, “em dois dos três recursos apresentados, aguarda-se a decisão do comandante das Forças Terrestres. No terceiro recurso, o general chefe de Estado-Maior do Exército decidiu que o recurso apresentado não tinha fundamento e confirmou a execução da pena de dez dias de proibição de saída” ao visado.

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