Bispo de Fátima: "Tolerância de ponto não era necessária"

Governo consultou D. António Marto sobre tolerância para os funcionários públicos desta sexta-feira.

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Mesmo depois da opinião do bispo de Fátima, Governo decretou tolerância de ponto Nelson Garrido

O bispo de Leiria-Fátima considera que “era desnecessário” dar tolerância de ponto aos funcionários públicos esta sexta-feira, no âmbito da visita do Papa Francisco a Fátima, e expressou essa mesma opinião quando foi consultado pelo Governo.

“Eu não pedi nenhuma tolerância de Ponto”, disse D. António Marto, em entrevista à TSF esclarecendo que lhe foi perguntado se achava bem que o Governo desse tolerância de ponto no dia 12 de Maio aos funcionários, no âmbito da visita do Papa.

À pergunta, o bispo respondeu que “esse problema nem sequer se punha, uma vez que o dia 12 era uma sexta-feira e muita gente vai à noite participar na procissão das velas, e que o dia 13 é sábado e a maioria da gente não trabalha”. E conclui: “Por conseguinte, entendi que não era necessário pedir a tolerância de ponto”.

A tolerância de ponto decretada pelo Governo gerou várias críticas dentro do próprio Partido Socialista. Em defesa da medida, o primeiro-ministro defendeu que seria uma "grande insensibilidade" se o Governo não concedesse tolerância de ponto quando o Papa Francisco chega a Portugal para celebrar o centenário das "Aparições de Fátima".

"É natural que muitos portugueses desejem participar na visita do Papa Francisco a Portugal, um momento que distingue o país. Por isso, também é natural que o Governo dê tolerância de ponto para facilitar quem deseja participar nas cerimónias o possa fazer e diminuam as condições de congestionamento", defendeu António Costa.

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