Madeira testou com sucesso meios aéreos de combate a incêndios florestais

Testes no terreno cumpriram objectivos, mas a conclusão do relatório sobre a viabilidade de utilização de meios aéreos no arquipélago só estará concluída no final do mês.

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Meios aéreos de combate a fogos no arquipélago? Vai ser preciso esperar até ao final do mês para saber Miguel Manso

Durante duas horas um helicóptero e um avião ligeiro despejaram largas toneladas de água sobre as serras do Funchal, naquela que foi a componente prática de um estudo pedido pelo governo madeirense para avaliar a possibilidade de utilização de meios aéreos no combate a incêndios florestais na região.

Os testes operacionais, explicou nesta terça-feira ao final do dia o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, foram realizados com “sucesso”, mas vai ser preciso esperar até, pelo menos, ao final do mês, para saber-se se os meios aéreos serão uma realidade no arquipélago.

“Depende do resultado final do relatório”, ressalvou Jorge Gomes, na sede da Protecção Civil da Madeira, sem precisar uma data para a divulgação do relatório. “É minha vontade que até 31 de Maio o relatório possa estar concluído, mas vai depender sempre do grupo de trabalho que está a elaborá-lo”, acrescentou.

No terreno, o director de operações, Carlos Carveiro, ligado à empresa que explora os aparelhos aéreos, garantia a viabilidade da utilização daqueles meios na Madeira. “Não é só na Madeira que existem ventos. Nós operamos em outros países, nomeadamente na Itália, em que os relevos e os ventos são igualmente fortes”, disse aos jornalistas.

Os meios mobilizados — um helicóptero com capacidade para transportar 800 litros de água e um avião ligeiro preparado para carregar três toneladas de água —, testaram diferentes cenários, avaliando a tipologia do terreno e as condições meteorológicas, que estiveram calmas durante todo o dia.

Por isso, tanto o Governo como as autoridades regionais preferem esperar pelos resultados do estudo, pedido no rescaldo dos violentos incêndios do Verão de 2016. “Vamos aguardar o relatório, e será com base nele que iremos tomar as decisões necessárias”, explicou aos jornalistas a secretário regional da Inclusão e Assuntos Sociais, Rubina Leal, recusando avançar com valores para a afectação destes meios no arquipélago.

“Só podemos saber os custos e avaliá-los, depois de sabermos o que é necessário”, justificou, dizendo que independentemente das conclusões do estudo será muito difícil que estes aparelhos estejam na região ainda este ano. “O estudo ainda não está concluído, e depois será necessário um concurso internacional.”

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