CGTP admite avançar com uma greve geral

Arménio Carlos avisa, em entrevista ao DN e TSF, que o Governo tem de "virar à esquerda".

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Arménio Carlos não fecha a porta a nova paralisação geral Nuno Ferreira Santos (arquivo)

A CGTP não exclui a hipótese de avançar com uma greve geral, se o Governo não "virar à esquerda".

Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, o líder da CGTP, Arménio Carlos, declarou que "todas as hipóteses estão em cima da mesa", remetendo para o Governo a responsabilidade pela "resolução atempada dos problemas". 

"Pela nossa parte, estamos disponíveis para a resolver pela via da negociação. Não podemos é continaur a assistir a que os mesmos que falam no diálogo social e na importância do diálogo social depois dêem cobertura ao bloqueio da negociação da contratação colectiva", especificou Arménio Carlos.

Além da negociação em torno da contratação colectiva, que "está bloqueada por causa da caducidade", a qual, segundo o líder da CGTP, sujeita os sindicatos à "permanente chantagem das associações patronais",  Arménio Carlos apontou o que qualificou como "falta de clareza" no processo para acabar com a precariedade laboral na função pública e ainda a "ausência de respostas à precariedade no sector privado" como problemas a que o Governo tem de dar resposta.

"São matérias centrais que o Governo, das duas uma: ou mostra, na prática, que é diferente do anterior e dá sequência a este rumo que abriu expectativas e simultaneamente expectativas de futuro; ou deixa-se acomodar ao poder e, quando os governos se acomodam ao poder, as coisas não correm bem", avisou. E depois, embora recusando sempre uma resposta directa à pergunta sobre se admite uma greve geral, declarou: "Não estamos interessados em procurar a conflitualidade, mas não rejeitamos e, muito menos, fugimos do confronto se a isso formos obrigados".

De resto, e sem se opor à tolerância de ponto na função pública no dia 12, a propósito da vinda do Papa, Arménio Carlos defende que os patrões no privado deviam fazer o mesmo.

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