O CDS vai promover jornadas parlamentares nos próximos dias 2 e 3 de Maio, em Ílhavo, distrito de Aveiro. O factor trabalho, o crescimento económico e a descentralização são os três temas que estarão em debate.

No dia 2, terça-feira, o debate sobre a importância do factor trabalho no crescimento económico contará com o ex-secretário-geral da UGT João Proença e o vice-presidente da CIP, Rafael Pinto Pereira. No segundo e último dia, os deputados vão debater a descentralização e a competitividade regional com Vítor Mendes, presidente da câmara de Ponte de Lima (um bastião CDS) e o presidente da câmara de Aveiro, o social-democrata Ribau Esteves.

O debate, segundo o líder parlamentar do CDS, servirá como instrumento de trabalho para a apresentação de propostas sobre a descentralização que está em debate no Parlamento. “Não aceitaremos que a descentralização seja feita à socapa”, afirmou aos jornalistas Nuno Magalhães, recusando também a regionalização disfarçada. “Não aceitaremos qualquer tentativa de regionalização encapuçada, mal amanhado e como parece ser intenção do Governo”, sublinhou. 

No último debate quinzenal, na quarta-feira, António Costa foi questionado pela deputada do PEV Heloísa Apolónia sobre quando iria o Governo acompanhar o PCP e o PEV na vontade de avançar com a regionalização, mas não respondeu como a esquerda desejava: "Há uma coisa que sei, nesta legislatura não é com certeza", disse o primeiro-ministro, assumindo que não mudou de ideias.

"Neste momento não há condições políticas", acrescentou António Costa para quem é de evitar correr o risco de voltar a ter o resultado do referendo de 1998. O caminho, defende o governante, passa pela descentralização e por dar mais poderes às CCDR, uma reforma que, noticia o jornal i desta quinta-feira, será feita por decreto, sem passar pela Assembleia da República.