Venezuela: oposição marca nova manifestação para quinta-feira

"Amanhã temos de sair à rua ainda mais pessoas”, apelou Henrique Capriles.

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Apoiantes de Maduro também saíram à rua Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
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Lilian Tintori (ao centro), mulher de um dos líderes da oposição Leopoldo Lopez, que se encontra preso, também participou nos protestos Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
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Rapidamente começaram os confrontos com a polícia Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
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Foram construídas barricadas pelos manifestantes Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
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A polícia respondeu com gás lacrimogéneo Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
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Manifestante protege-se do gás lacrimogéneo lançado pelas autoridades Reuters/MARCO BELLO
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Cordão policial separa manifestações LUSA/CRISTIAN HERNANDEZ
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“Amanhã à mesma hora, convocamos todo o povo venezuelano a mobilizar-se. Hoje [quarta-feira] fomos milhões, amanhã temos de sair à rua ainda mais pessoas”. Foi desta forma que o líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, convocou uma nova manifestação para esta quinta-feira.

O apelo de Capriles surge depois de nesta quarta-feira ter sido organizada a chamada “mãe de todas as manifestações”, em que morreram pelo menos duas pessoas, 57 ficaram feridas e 400 foram detidas.

"A resistência pacífica manter-se-á nas ruas até que [o Presidente] Nicolás Maduro entenda que deve respeitar a Constituição. O Governo deu um golpe e devemos continuar a exercer o nosso direito de protestar", disse o ex-candidato presidencial aos jornalistas.

Segundo aquele responsável, a "mãe das marchas" terá os mesmos pontos de partida e rotas que a anterior manifestação, nos principais Estados do país.

Capriles condenou a repressão das manifestações e instou os organismos internacionais a "olharem" para a Venezuela.

"Condenamos que pretendam desvirtuar uma luta que é legítima (…) pedimos a todos os organismos internacionais, aos organismos de direito internacionais, que ponham os olhos na Venezuela", disse.

O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, responsabilizou o presidente do parlamento venezuelano, Júlio Borges, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski e o deputado Freddy Guevara pelos dois assassinatos ocorridos durante as manifestações opositoras de quarta-feira.

Por seu lado, Júlio Borges, anunciou, via Twitter, que devido à intensa repressão dos organismos de segurança do Estado e a acusações do ‘chavismo’ contra a oposição decidiu suspender uma deslocação ao Peru, prevista para esta quinta-feira, durante a qual se reuniria com o Presidente Pedro Pablo Kuczynski.

A suspensão tem como objectivo continuar a luta pelo voto e pelas eleições.

Dezenas de milhares de venezuelanos saíram na quarta-feira para as ruas de algumas das principais cidades do país para protestar contra o que dizem ser uma ruptura constitucional, e para pedirem o fim da "ditadura" e a realização de eleições livres.

Os manifestantes protestaram ainda por duas recentes sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça concedeu poderes especiais ao chefe de Estado, limitou a imunidade parlamentar e assumiu as funções do parlamento.

Do outro lado, o Presidente Nicolás Maduro e o seu Partido Socialista Unido da Venezuela também chamaram os seus apoiantes para as ruas, e as fotografias de dezenas e dezenas de camiões com gente vestida de vermelho que foram partilhadas nas redes sociais mostram que a organização estava afinada.

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