Sonda Cassini detecta moléculas de hidrogénio na lua Encélado

Satélite natural de Saturno é um dos locais candidatos à procura de vida fora da Terra.

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A lua Encelado e as suas plumas de vapor NASA/JPL/Caltech/Instituto de Ciência Espacial

A sonda espacial Cassini detectou moléculas de hidrogénio em Encélado, uma das luas de Saturno, que foram geradas por processos hidrotermais no oceano sob a superfície gelada, fornecendo uma nova pista sobre a possibilidade de o satélite albergar vida.

Uma equipa de investigadores do Instituto de Investigação do Sudoeste, nos Estados Unidos, atribui esta fonte de hidrogénio, detectado em vapor de água na região polar sul, a reacções hidrotermais entre rochas quentes e água no oceano sob a superfície gelada da lua, refere em comunicado a Associação Americana para o Avanço da Ciência, que edita a revista Science, onde a descoberta vai ser publicada esta sexta-feira.

As moléculas de hidrogénio, tal como as de dióxido de carbono, também encontradas em Encélado, são consideradas ingredientes importantes para um processo conhecido como metanogénese, uma reacção que suporta a vida de microorganismos em ambientes submarinos profundos e escuros na Terra, adianta a editora da revista Science.

Em 2015, esta sonda da NASA fez uma aproximação considerada histórica a Encélado, ao posicionar-se a 49 quilómetros da região polar sul, permitindo a recolha de dados mais precisos sobre a composição da lua, inclusivamente sobre a sua actividade hidrotermal e o seu impacto na possibilidade de o seu oceano acolher formas de vida simples.

Em órbita de Saturno desde 2004, a Cassini irá entrar na atmosfera do planeta a 15 de Setembro, para aí mergulhar e terminar a sua missão, segundo a agência espacial norte-americana NASA. Quando entrar na atmosfera, a sonda continuará a transmitir informação a partir de muitos dos seus instrumentos, nomeadamente sobre a composição da atmosfera, até à perda do seu sinal.

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