Assad "pagará um preço muito, muito pesado" se voltar a utilizar armas químicas

Secretário da Defesa dos EUA deixa aviso ao regime sírio, mas garante que a principal prioridade no país continua a ser a destruição do Daesh.

Foto
James Mattis (à esquerda) fez-se acompanhar pelo general Joseph Votel, do comando central americano Reuters/YURI GRIPAS

O secretário da Defesa dos EUA, James Mattis, afirmou esta terça-feira que “não há dúvidas” sobre a responsabilidade do regime sírio de Bashar al-Assad em relação ao ataque com armas químicas que vitimou quase 80 pessoas na semana passada.

Numa conferência de imprensa no Pentágono destinada a explicar a operação militar norte-americana que serviu como resposta à utilização de armas químicas, Mattis garantiu que o lançamento de 59 mísseis contra uma base aérea da Síria foi “a melhor forma de prevenir que o regime não o faça novamente”.

“Não há dúvidas de que o regime sírio” foi o responsável pelo ataque químico no distrito de Idlib, afirmou Mattis, acrescentando que os EUA acreditam que o Governo de Assad já recorreu a armas químicas várias vezes nos últimos anos. “É muito, muito claro que o regime de Assad planeou, orquestrou e executou [o ataque com armas químicas]”, reforçou, garantindo ainda que a Síria irá “pagar um preço muito, muito pesado” se utilizar novamente este tipo de armamento.

Revelando que a acção militar americana atingiu cerca de 20 aviões sírios, James Mattis explicou que foram tomadas as devidas providências, antes do bombardeamento, “para garantir que não havia russos” no alvo.

Apesar de tudo, o responsável pela Defesa dos EUA garantiu que “o objectivo na Síria é destruir o ISIS” (sigla pela qual é também conhecido o Daesh), esclarecendo que a campanha militar na Síria “mantém-se como estava antes do ataque químico”. “Este foi um assunto separado”, explicou.

Sugerir correcção
Ler 5 comentários