Centeno: Solução para o Novo Banco “não é perfeita”

O ministro das Finanças admitiu esta tarde que a venda do Novo Banco à Lone Star não é a ideal, mas insiste que não terá mais custos para os contribuintes.

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Mário Centeno esteve presente no debate sobre o Novo Banco LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Mário Centeno foi esta tarde ao Parlamento dizer que a decisão de fechar o negócio com a Lone Star para a venda do Novo Banco não foi “a solução perfeita”, mas foi a “melhor solução” tendo em conta os constrangimentos.

No debate de actualidade no Parlamento sobre a venda do Novo Banco, a pedido do BE, o ministro das Finanças interveio no final para dizer que o Governo respeitou as três condições que se tinha colocado para que a venda não tivesse custos para os contribuintes. Contudo, admitiu, “sendo uma solução equilibrada, não quer dizer que tenha sido a solução perfeita na perspectiva do Estado. Foi, porém, a melhor solução de entre o conjunto de alternativas que se apresentaram neste processo”, disse o ministro.

Aos deputados, o ministro das Finanças admitiu que “idealmente, teria sido positivo existirem outras condições para a venda, permitindo, designadamente ao Fundo de Resolução recuperar o valor que foi injectado pelo anterior Governo na resolução do BES”, ou seja, de uma vez os 3900 milhões de euros. Contudo, lamentou “este foi o melhor negócio possível perante as circunstâncias concretas”.

No discurso no debate sobre a venda do Novo Banco, Mário Centeno argumentou que esta solução era também melhor que a nacionalização do banco como pede a esquerda porque, “a nacionalização do Novo Banco levaria a que o Estado tivesse de o capitalizar, logo no momento inicial, com montantes superiores a 4mil milhões de euros, recaindo todos os riscos futuros exclusivamente sobre o próprio Estado, onerando os contribuintes portugueses”.

“A venda o Novo Banco é, portanto, uma boa notícia para os portugueses”, concluiu.

 

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