BES: Suíça bloqueou 150 milhões de euros por suspeitas de lavagem de dinheiro

Jornais suíços descrevem que as autoridades seguem pistas relacionadas com o ex-director da filial do BES em Angola, de quem têm indícios de lavagem de dinheiro e aprovação de créditos a entidades insolventes.

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Em Agosto de 2014, as autoridades portuguesas transferiram os activos "saudáveis" do BES para o Novo Banco, enquanto os “activos tóxicos” ficaram no primeiro Paulo Pimenta

A Suíça bloqueou 160 milhões de francos (cerca de 150 milhões de euros) de pessoas suspeitas de lavagem de dinheiro, no contexto do processo de desmantelamento do Banco Espírito Santo (BES), confirmou neste domingo o Ministério Público helvético.

A investigação no país começou a partir de um pedido de cooperação judicial apresentado pelas autoridades portuguesas, indicou a entidade pública à agência de notícias suíça, a Ats, citada pela agência EFE.

Em Setembro de 2014 realizaram-se vários procedimentos e em Maio do ano seguinte foi formada uma equipa de investigadores, mas o Ministério Público salientou que ainda não pode comentar sobre o resultado do trabalho realizado.

A comunicação social suíça publicou neste domingo informações a indicar que as autoridades seguem pistas relacionadas com o ex-director da filial do BES em Angola, de quem têm indícios de lavagem de dinheiro e de outras situações, como a aprovação de créditos a entidades insolventes.

Segundo estas informações, o responsável e a sua família ter-se-iam apropriado de 500 milhões de dólares (cerca de 470 milhões de euros).

Em Agosto de 2014, as autoridades portuguesas transferiram os activos "saudáveis" do BES para o Novo Banco, enquanto os “activos tóxicos” ficaram no primeiro.

Na sexta-feira, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, confirmou a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, que vai realizar injecções de capital no montante total de mil milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho da operação e 250 milhões de euros até 2020.

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