Cartas ao director

Dijsselbloem

O holandês Dijsselbloem, explicou ao Financial Times que “não é suposto ficarem ofendidos — não foi uma declaração sobre um qualquer país, mas sim, sobre todos os países. A Holanda também falhou com o cumprimento das regras. Não vejo um conflito entre as regiões do grupo do euro”.

Marques Mendes considerou que as declarações de Dijsselbloem foram "uma boçalidade, mas que mais grave que isso é que foram declarações que têm subjacente uma ideia de falta de isenção e de exclusão. Considera ainda que "mais cedo ou mais tarde ele vai ter de sair porque perdeu o respeito dos seus pares. Não será agora, mas é inevitável que ele vai sair". O ministro Santos Silva disse que "são declarações muito infelizes e, do ponto de vista português, absolutamente inaceitáveis".

Aparenta existir, na verdade, esta ideia de que a norte da Europa existe a virtuosidade e que a sul não há honra. Dito assim, do alto de um cargo de presidente do Eurogrupo, torna-se uma verdadeira “farpa” na própria capacidade de imparcialidade…

Eugénio Martins, Ponte da Barca

 

Ordenados milionários

Está a ser difundido na Internet que há gestores que ganham por dia – por dia – quase seis mil euros, o que ao fim do mês dá milhões. Claro que estes gestores têm muitas despesas com as casas de luxo, os automóveis, os colégios, as festas e os fatos comprados na Av. da Liberdade. E os seus empregados ganharam salários dignos e terão horários que os deixem acompanhar a família? E nas empresas os salários estão de acordo com os seus milhões?

Imaginem que estes gestores passariam a ganhar só três mil euros por dia o que dava ao fim do mês ainda uns milhões e que os restantes euros eram para criar mais postos de trabalho, ajustar horários mais humanizados… Mesmo assim os tais gestores ainda teriam disponibilidade para continuar a ir comprar fatos à Av. da Liberdade.   

Maria Clotilde Moreira, Algés

 

O bispo vermelho 

D. Manuel Martins, que forças reaccionárias apodaram de “bispo vermelho” quando em Setúbal defendeu os pobres e oprimidos, hoje não é mais do que um emérito servidor da Igreja de Cristo, e dela disse o seguinte: ‘A Igreja é um hospital de campanha’. Que em todos os instantes deve cuidar do corpo e da alma de todos os desventurados que a ela recorrem, penso eu.

Os paroquianos e outras forças vivas que em idos ‘tempos quentes’ não o queriam receber na diocese de Setúbal, porque ido do Norte ‘reaccionário’, jamais virão a ter um tão generoso defensor do seu rebanho.

D. Manuel Martins, já com 90 anos de idade, continua postado ao serviço da Igreja do Papa Francisco sem se sentir alquebrado, advogando firmemente que todos nós assim nos devemos comportar: ‘De pé diante dos homens’ e ‘de joelhos diante de Deus’.

José Amaral, Vila Nova de Gaia

 

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