Deputados do PS querem manter balcões da CGD por "coesão social"

Socialistas defendem balcões sem rentabilidade desde que haja "razões de coesão territorial e social”.

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PAULO PIMENTA

Já havia alguns havia deputados socialistas a questionar a lógica de encerramentos de agências que a Caixa Geral de Depósitos tem de levar a cabo, a par de deputados do PCP, Bloco de Esquerda, PSD e CDS.

Agora, é a vez de sete deputados socialistas perguntarem ao ministro das Finanças, Mário Centeno, se “está identificado o que representa serviço público no plano de negócios” da CGD. Embora tenham sido eleitos por Setúbal, e contestem o fecho do balcão de Canha, no Montijo, este grupo de deputados vai bem mais longe do que o seu círculo eleitoral.

“Justifica-se que agências não lucrativas não encerrem se houver razões de ordem social e territorial”, defendem. E querem saber se está quantificado o impacto financeiro do serviço público da CGD numa “necessária redução da rentabilidade futura” do banco.

Ao mesmo tempo, pretendem a lista dos balcões a fechar em cada distrito, bem como a listagem “dos balcões a manter por razões de coesão territorial e social”, isto apesar “de uma rentabilidade muito baixa ou mesmo ligeiramente negativa”. Caso esta não existe, perguntam se o Governo está disposto a sugerir isso mesmo à gestão da CGD. A lista de deputados é composta por Euridice Pereira, Paulo Trigo Pereira, Ana Catarina Mendonça Mendes, Sofia Araújo, Ivan Gonçalves, André Pinote Baptista e Francisca Parreira.

A meta negociada com Bruxelas (e que passa também pelo corte de trabalhadores) implica reduzir o universo de balcões em 25% até 2020, passando de 651 agências com funcionários a atender clientes (as chamadas "agências presenciais") para 490 ou 470.

Por parte de Centeno, este já foi chamado ao Parlamento pelo Bloco de Esquerda para se pronunciar-se sobre a estratégia de fecho de agências do banco público.

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