O presidente da Comissão de Trabalhadores (CT) da Caixa Geral de Depósitos, Jorge Canadelo, queixa-se de ainda não ter informação detalhada sobre a reestruturação do banco que implica o encerramento de 180 balcões e que está a juntar esquerda e direita no Parlamento.

“Reduzir balcões e quadro de pessoal não é uma verdadeira reestruturação da empresa. Está a começar-se a casa pelo telhado”, afirmou aos jornalistas Jorge Canadelo, no final de uma audiência com deputados do PCP no Parlamento. Jorge Canadelo assume, no entanto, que a perspectiva do presidente da CGD, Paulo Macedo, é a de uma reestruturação que não se confina a uma redução de custos. “Ficamos surpreendidos de forma positiva”, afirmou, embora também não esperasse agora o anúncio da redução de balcões.   

Os representantes dos trabalhadores ainda não tiveram acesso ao plano de reestruturação, mas deverão pedi-lo na próxima reunião com a administração da CGD marcada na sexta-feira. A CT “já deveria ter o planeamento e não tem conhecimento dele”, afirmou. Sem essa informação, Jorge Canadelo considera que a CT “não tem informação suficientemente detalhada para dizer que se faz isto ou aquilo”.

Depois de reunir esta manhã com o PCP, a CT irá ter audiências com o PS, o BE e os Verdes, os partidos que aprovaram o Orçamento do Estado para 2017.