Bastonário da Ordem dos Advogados critica morosidade da operação Marquês

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Guilherme Figueiredo considerou que o arrastar dos processos criar problemas à credibilidade da justiça paulo pimenta

O bastonário da Ordem dos Advogados (OA) criticou nesta segunda-feira a morosidade da investigação da operação Marquês, que teve início em 2014, e considerou que o arrastar de processos cria problemas à credibilização da justiça.

“Há processos que têm uma morosidade superior àquela que deveriam ter e que têm um significado especial relativamente áquilo que são as percepções do cidadão. O cidadão tem apenas percepções da justiça, o que significa que, quando um processo que tem uma dimensão, que tem uma personalidade, que foi no caso primeiro-ministro, se arrasta durante imenso tempo, é evidente que isso cria problemas da própria credibilização do sistema”, disse aos jornalistas Guilherme Figueiredo.

Falando à margem do seminário Justiça Igual para Todos, a decorrer na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, o bastonário da OA adiantou que, “nestes processos, devia-se ter um cuidado maior” para que as investigações não durem muito tempo.

“Uma prisão preventiva deve existir uma acusação com outra celeridade”, defendeu.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates, o principal arguido da operação Marquês, voltou  ser ouvido nesta segunda-feira, pela terceira vez, pelo Ministério Público (MP), a escassos quatro dias do prazo anunciado para a conclusão do inquérito.

 

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