Moradores do Caramão da Ajuda reclamam rampas de acesso às casas

Habitantes do bairro lisboeta são maioritariamente idosos e têm dificuldades de locomoção.

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A candidata do CDS visitou o local na sexta-feira NUNO FERREIRA SANTOS

Um conjunto de moradores do Caramão da Ajuda, em Lisboa, reivindica a melhoria das acessibilidades pedonais na Rua Raul Proença, onde a câmara municipal está a fazer obras de contenção de terras que estavam a deslizar, pondo em risco várias habitações. Estes habitantes consideram que a intervenção, há muito pedida, é a ocasião ideal para a criação de rampas às casas, que ficam num patamar superior à rua e às quais só se acede por escadas.

O problema do deslizamento de terras “foi-se arrastando, arrastando, arrastando”, explica Humberto Alves, que na sexta-feira guiou Assunção Cristas, candidata do CDS às autárquicas, numa visita ao local. A intervenção “veio-se a iniciar em meados de Novembro”, mas esteve interrompida durante algum tempo e “só recomeçou agora”, de acordo com o morador.

“Ansiamos que a coisa fique como está no projecto, para não se andar em obras a toda a hora”, acrescenta Humberto Alves, que, juntamente com alguns vizinhos, tem pressionado a autarquia a criar as ditas rampas, uma vez que a população da zona é maioritariamente idosa e tem dificuldades de locomoção.

“É surpreendente que se esteja a fazer uma obra para contenção das terras e não se aproveite para as rampas”, considerou Assunção Cristas na visita. “Deixa-nos um bocadinho perplexos: para outras coisas há dinheiro, mas para estas de proximidade estão a falhar muito”, disse a candidata, lembrando que Lisboa “é a cidade mais envelhecida da Europa” e que “é preciso que o bairro vá acompanhando a vida das pessoas”.

O PÚBLICO perguntou à câmara se está prevista a colocação da rampa pedida pelos moradores, mas a autarquia não respondeu em tempo útil.

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