Ex-director dos serviços secretos americanos nega escutas a Trump

À NBC, James Clapper disse não ter conhecimento de quaisquer operações que envolvessem escutas na Trump Tower.

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James Clapper, director dos serviços secretos norte-americanos na altura das eleições presidenciais LUSA/JIM LO SCALZO

O ex-director dos serviços secretos norte-americanos, James Clapper, negou que a Trump Tower tenha estado sob escuta antes das eleições, negando qualquer actividade "contra o Presidente eleito enquanto candidato ou contra a sua campanha”. James Clapper ocupava o cargo de director dos serviços secretos na altura das eleições presidenciais dos EUA.

No sábado, várias publicações de Donald Trump no Twitter acusavam Barack Obama de ter colocado sob escuta os escritórios da Trump Tower, em Nova Iorque, pouco antes das eleições. O Presidente norte-americano não apresentou quaisquer provas para sustentar as suas afirmações.

James Clapper disse ainda à NBC não ter conhecimento de qualquer ordem judicial que tivesse autorizado a supervisão da Trump Tower, em Nova Iorque. Para que pudessem ter sido colocadas escutas na Trump Tower, um tribunal federal teria, segundo a lei norte-americana, de considerar provável que o alvo das escutas fosse um “agente de uma potência estrangeira”. James Clapper acredita que, enquanto director dos serviços secretos, teria tido conhecimento de uma operação deste género.

“Não posso falar em nome de outras autoridades governamentais ou entidades locais ou estatais”, acrescentou, no entanto. James Clapper deixou o seu cargo a 20 de Janeiro, aquando da tomada de posse de Donald Trump.

As acusações feitas por Donald Trump foram igualmente desmentidas pelo porta-voz de Barack Obama, Kevin Lewis, que disse serem “simplesmente falsas”. Num comunicado partilhado no Twitter neste sábado, Kevin Lewis afirmou que “nem o Presidente Obama nem nenhum funcionário da Casa Branca” puseram sob escuta qualquer cidadão norte-americano. 

Por sua vez, a Casa Branca pediu este domingo ao Congresso americano para investigar se a administração de Barack Obama tinha abusado dos seus poderes durante a campanha de 2016.

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