Lucro da Nos sobe 9,3% em 2016 para 90,4 milhões de euros

Em 2015 os lucros tinham sido de 82,7 milhões de euros.

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Miguel Almeida, presidente executivo da NOS Daniel Rocha

O lucro da Nos subiu 9,3% no ano passado, face a 2015, para 90,4 milhões de euros, anunciou na quinta-feira a operadora de telecomunicações liderada por Miguel Almeida. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Nos adianta que o resultado líquido antes de resultados de empresas associadas e joint-ventures e interesses não controlados registou um aumento de 21,6%, para 95,9 milhões de euros no período em análise. 

As receitas de exploração subiram 4,9%, para 1515 milhões de euros, enquanto as receitas de telecomunicações avançaram 5,1%, para 1442 milhões de euros, "motivadas pelo extraordinário crescimento do número de serviços", adiantou a operadora de telecomunicações.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) avançou 4,4% no ano passado para os 556,7 milhões de euros. No negócio de telecomunicações, o EBITDA subiu 4,4% para 506,7 milhões de euros.

"O ano de 2016 representou mais um ano de forte crescimento e reforço dos resultados financeiros, bem como mais uma etapa na execução da estratégia de crescimento da Nos, apresentada em 2014, onde se estabeleciam como principais objectivos o crescimento de quota de mercado e reforço da nossa posição competitiva no mercado português das comunicações", refere o presidente executivo, Miguel Almeida, citado em comunicado.

"Evidenciando um sucesso acima do esperado, a meta então definida, de crescimento de quota de mercado em receitas para 30% em 2018, foi já alcançada em 2016. A Nos continua a apostar em Portugal, tendo investido só no último exercício perto de 400 milhões de euros, mantendo o seu compromisso de contribuir decisivamente para que o país se mantenha na linha da frente da transformação digital", conclui o gestor.

O investimento (CAPEX total) ascendeu a 392,7 milhões de euros no final do ano passado. De acordo com a Nos, o número de serviços aumentou 7,2%, para 9,077 milhões, com adições líquidas de 611,9 mil face ao final de 2015.

Já o número de subscritores móveis "registou um novo recorde, atingindo 4,456 milhões [mais 8,1%], com adições líquidas de 332,6 mil novos clientes face ao período homólogo", adianta a empresa.

Segundo a Nos, "os dados móveis são cada vez mais uma opção viável para os consumidores, verificando-se um forte incremento no tráfego gerado, alavancado pelo aumento da penetração de smartphones, que já representam cerca de 70% do total de terminais, percentagem que compara com os 62% registados no ano anterior".

No ano passado, os telemóveis inteligentes (smartphones) 4G representaram quase metade (48%) do total de terminais deste tipo. "O número de clientes convergentes aumentou 15,1% para 680,2 mil no final de 2016, representando 45,8% do total da base de clientes de acesso fixo, acima dos 41,9% verificados no final de 2015", refere a NOS.

Os clientes de televisão paga subiram 3,7%, para 1,6 milhões, com adições líquidas de 56,8 mil clientes, enquanto que "nos serviços de banda larga fixa e telefone fixo continuou a registar-se uma evolução positiva, com crescimentos de 10,5% e 6,2%, para 1,265 milhões e 1,725 milhões respectivamente".

No segmento empresarial, o número de serviços subiu 133,5 mil face a 2015, atingindo 1,418 milhões.

"A cobertura da sua rede fixa de nova geração foi reforçada, aumentando o número de casas passadas em cerca de 163,8 mil face a 2015. O número de lares com cobertura atinge agora 3,764 milhões face aos 3,600 milhões em 2015", adianta a Nos.

No segmento de cinema e audiovisuais, "o número de bilhetes vendidos situou-se em 9,097 milhões, um acréscimo de 2,8% face a 2015, um resultado extraordinário", refere.

A área de cinema obteve uma subida de 2,9% face a 2015 para 60,2 milhões de euros, ao passo que nas receitas de audiovisuais verificou-se uma ligeira subida de 0,5% para 71,6 milhões de euros. Em 2016, a dívida financeira líquida situou-se nos 1.112 milhões de euros, ou seja, duas vezes o EBITDA, "um rácio conservador face às congéneres do sector" e a "maturidade média da dívida financeira líquida da Nos era de 3,15 anos" no final do ano.

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