Snapchat estreia-se na bolsa a valer uns históricos 24 mil milhões de dólares

A empresa conquistou a atenção dos investidores apesar dos prejuízos e estreou-se com acções a 24 dólares, mais do os 17 dólares de venda na operação de colocação em bolsa.

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A empresa é dona da aplicação Snapchat Reuters/Lucy Nicholson

As acções da Snap, a empresa norte-americana dona do Snapchat, estrearam-se esta quinta-feira na Bolsa de Nova Iorque (NYSE) a 24 dólares, um valor acima dos 17 dólares a que as acções foram vendidas na operação de venda. A empresa chega avaliada em cerca de 24 mil milhões de dólares (cerca de 23 mil milhões de euros), quando a perspectiva inicial era de que a avaliação no mercado se situasse entre os 19,5 mil milhões de dólares e os 22,3 mil milhões de dólares, escreve a Reuters. A decisão de tornar a Snap uma empresa cotada na Bolsa foi anunciada no início do mês de Fevereiro.

A empresa detalhou através de um comunicado que, na quarta-feira, vendeu 200 milhões de acções a 17 dólares. A operação rendeu 3,4 mil milhões de dólares (cerca de 3,2 mil milhões de euros), tornando-se uma das maiores ofertas de venda iniciais (IPO) desde a entrada do Twitter, em Novembro de 2013.

De acordo com a Reuters, a operação registou uma procura dez vezes acima da oferta, o que teria permitido à empresa vender as acções a 19 dólares cada. No entanto, os responsáveis pela empresa californiana optaram por manter um preço que não afugentasse investidores a longo prazo.

A sua entrada em Wall Street acontece com números acima das expectativas, o que prova que a aplicação conseguiu atrair a atenção dos investidores, mesmo com os 515 milhões de dólares de prejuízo em 2016 e mesmo sem que os títulos comprados concedam direitos de voto aos novos investidores.

Os actuais accionistas têm direito a um voto por acção. Para Evan Spiegel e Bobby Murphy, os fundadores, cada acção vale dez votos.

Em Fevereiro deste ano, a empresa tinha afirmado que com a estratégia de entrada em bolsa esperava conseguir três mil milhões de dólares. A dona da rede social Snapchat chega ao mercado accionista norte-americano muito mais cedo (face à data de fundação) do que outras empresas tecnológicas ligadas às redes sociais como o Twitter e Facebook.

A aplicação, cujas fotografias e mensagens desaparecem em poucos segundos, possui cerca 161 milhões de utilizadores diários. A rede social criada pelos antigos alunos da Universidade de Stanford enfrenta, para além dos prejuízos, a concorrência do Instagram, rede social detida pelo Facebook, que, depois de não ter conseguido comprar o Snapchat introduziu funções muito semelhantes às oferecidas por Spiegel. As instastories, por exemplo, adoptam a principal função do Snapchat, através da partilha de fotografias e vídeos que desaparecem do perfil do utilizador 24 horas depois da sua publicação.

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