Republicano propõe lei para vigiar redes sociais de quem quer entrar nos EUA

Medida surge depois de secretário de Segurança Interna ter anunciado que estava em cima da mesa hipótese de pedir passwords de redes sociais a candidatos a visto, especialmente dos países muçulmanos

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As medidas anti-imigração de Donald Trump têm sido alvo de protestos EPA/MICHAEL REYNOLDS

O congressista republicano Jim Banks, que representa um distrito do estado de Indiana, apresenta nesta sexta-feira a sua primeira proposta de lei que tem como objectivo fiscalizar redes sociais de candidatos a um visto de entrada nos Estados Unidos.

“Temos que estar seguros de que aqueles que querem entrar no nosso país não têm como objectivo fazer-nos mal”, disse na sua página da Internet. “Mandar o Departamento de Segurança vigiar as redes socias de quem pede para entrar no país é uma medida de senso comum. Os empregadores rejeitam candidatos a emprego desta forma, e é altura de fazermos o mesmo com os candidatos a visto”.

A proposta inclui rever todo o conteúdo público nas redes sociais do candidato, incluindo fotografias no Facebook e tweets, entrevistar todos os candidatos com mais de 11 anos ou um pedido de tradução para inglês dos seus documentos de identificação.

Esta não é uma proposta original. Recentemente, John Kelly, secretário de Estado da Segurança Interna do governo de Donald Trump, disse que as embaixadas dos EUA poderiam vir a pedir as palavras-passe das contas das redes sociais das pessoas que lhes solicitarem um visto, especialmente vindas dos sete países de maioria muçulmana na mira de Trump (Iraque, Síria, Irão, Sudão, Líbia, Somália e Iémen). Objectivo: para fazer inspecções e reforçar os controlos, barrando a entrada aos visitantes que poderiam constituir uma ameaça à segurança. 

Em Junho, os Serviços Aduaneiros e de Protecção das Fronteiras norte-americanos sugeriram que, numa fase inicial opcional, os passageiros indicassem as suas contas nas redes sociais ao preencher o formulário (online ou em versão papel) que é entregue a quem visita os EUA. Esta proposta inseria-se num plano “de escrutínio” anunciado meses antes pela administração Obama.

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