PSD pondera posição sobre comissão de inquérito da Caixa

Ficou marcada nova reunião para a próxima semana.

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O deputado do PS João Paulo Correia disse que a bancada do PS continua "empenhadíssima" nos trabalhos da comissão enric vives-rubio

O PSD anunciou uma pausa e uma reflexão sobre a comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, rejeitando esta quinta-feira indicar um deputado para a presidência que ficou vaga com a demissão de José Matos Correia. Ficou agendada uma nova reunião para terça-feira. O presidente em exercício, o vice-presidente Paulo Trigo Pereira (PS), disse não estar disponível para essa função até ao final do mandato da comissão, a 26 de Março.

“O PSD vai ponderar qual a sua posição política futura. O que se passou é demasiado grave para que não se tire consequências e ilações”, afirmou Hugo Soares, coordenador do PSD na comissão, no final de uma reunião dos coordenadores e vice-presidentes. Cabe ao PSD e CDS indicarem um novo presidente, entre os deputados das suas bancadas que integrem a comissão, o que só deverá acontecer na próxima reunião de terça-feira.

Pelo CDS, João Almeida reiterou que não pretende abandonar esta comissão de inquérito e afirmou que "os trabalhos devem continuar e permitir inverter o clima dos últimos tempos". 

Os coordenadores do PS, PCP e BE criticaram o PSD e CDS por criarem um caso que levou à suspensão das audições previstas. O socialista João Paulo Correia chamou-lhe um "incidente" e assegurou que a bancada socialista continua "empenhadíssima" nos trabalhos da comissão. 

Miguel Tiago, coordenador do PCP, acusou PSD e CDS de transformarem a comissão "num circo". Na mesma linha, o bloquista Moisés Ferreira acusou a direita de se entreter com "casos e casinhos" e de transformar a comissão num "folhetim".

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