Facebook entra no negócio dos anúncios de emprego

Nova funcionalidade está disponível apenas nos EUA e Canadá, e é dirigida aos pequenos negócios.

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As pessoas já usam a rede social para procurar trabalho Reuters/DADO RUVIC

Publicar no Facebook o tipo de fotos que causa embaraços no trabalho pode ser uma ideia ainda pior do que já era. A rede social lançou uma funcionalidade de anúncios de emprego, que é um primeiro passo para concorrer com os sites especializados e com o LinkedIn, a plataforma de contactos profissionais que foi comprada pela Microsoft.

Quando um utilizador decidir responder a um anúncio, a resposta é automaticamente preenchida com informação do perfil, embora esta possa ser modificada pelo candidato antes de ser enviada. O objectivo do Facebook é que pelo menos boa parte do processo se desenrole dentro da plataforma, com o empregador e o potencial empregado a poderem comunicar através do Messenger. 

Por ora, os anúncios de emprego estarão disponíveis apenas nos EUA e Canadá e a funcionalidade foi criada sobretudo para os pequenos negócios.

Estes anúncios funcionam de forma semelhante às restantes publicações, com a diferença de que os empregadores podem preencher campos específicos, como o cargo, o salário e o local de trabalho. É depois possível pagar para aumentar o alcance. Os eventuais candidatos poderão deparar-se com a oferta de trabalho no seu próprio feed de notícias, na página da empresa que faz a oferta ou numa nova página criada pela rede social para agregar os anúncios de emprego.

Segundo o Facebook, a funcionalidade surge porque as empresas já recorriam à rede social para contratar: “Os negócios e as pessoas já usam o Facebook para preencher e procurar vagas de emprego, por isso estamos a apresentar novas funcionalidades que permitem a criação de anúncios de emprego e fazer a candidatura directamente no Facebook.”

A funcionalidade é muito mais limitada do que aquilo que oferece o LinkedIn, uma rede social que a Microsoft decidiu comprar em Junho do ano passado, por 26,2 mil milhões de dólares (cerca de 25 mil milhões de euros).

O negócio do LinkedIn – que ronda os 467 milhões de utilizadores registados – assenta em vender serviços pagos, o que inclui contas com funcionalidade desenhadas especificamente para quem está à procura de trabalho e para quem está a recrutar. Os serviços para recrutadores representam praticamente dois terços das receitas.

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