Português condenado a 11 anos de prisão por morte de compatriota em Londres

Mário Te foi condenado esta segunda-feira por ter apunhalado Bradley Quaresma, a 21 de Julho de 2016.

Foto
O crime aconteceu na zona Este de Londres Reuters/OLIVIA HARRIS

O português Mário Te foi condenado por um tribunal britânico a 11 anos e meio de prisão pelo homicídio involuntário do compatriota Bradley Quaresma no ano passado, revelou esta terça-feira a polícia britânica.

A sentença foi declarada na segunda-feira no tribunal criminal central de Old Bailey, em Londres, após um julgamento que se prolongou por três semanas. O crime aconteceu a 21 de Julho de 2016, quando Bradley Quaresma, de 20 anos, foi apunhalado mortalmente às 15h10 em Stratford Park, no Este de Londres, durante uma discussão entre ambos, que estavam com um grupo de jovens.

No tribunal, foi descrito como Mário Te, actualmente com 21 anos, fugiu, se desfez da arma e tentou sair do país ajudado por familiares. Acabou por ser capturado ao sair do comboio em França e enviado de volta para o Reino Unido.

Durante o julgamento, parte da discussão centrou-se em saber como Mário Te teve acesso à arma, que, segundo a polícia, estava escondida no parque. Porém, o júri decretou que o homicídio não foi premeditado, mas involuntário.

Num depoimento transmitido pela polícia britânica, a família de Bradley Quaresma referiu a "saudade" que sente do jovem, que descreve como "adorável" e "carismático" e que pretendia estudar arquitectura na universidade: "O 21 de Julho será para sempre um dia negro para nós. Não passa um dia sem que Bradley Quaresma não seja lembrado pelo seu sorriso contagioso, o seu amor pela família e pelo seu bom coração, mas o dia 21 foi o dia em que tudo isso acabou, em que o nosso mundo acabou."

Sugerir correcção
Comentar