Rui Horta e Costa constituído arguido na Operação Marquês

Gestor renunciou esta quarta-feira ao cargo de administrador não-executivo dos CTT.

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Ricardo campos

A Procuradoria Geral da República (PGR) confirmou ao PÚBLICO que Rui Horta e Costa “foi constituído arguido no âmbito da designada Operação Marquês” por ser suspeito da prática de “crimes de corrupção activa, fraude fiscal, branqueamento e abuso de confiança”. Foi também nesta quarta-feira que o arguido renunciou ao cargo de administrador não-executivo dos CTT, mostrando-se igualmente indisponível para o exercício de funções idênticas no mandato de 2017/2019.

Rui Horta e Costa “ficou sujeito à medida de coacção de termo de identidade e residência”, acrescenta o gabinete de imprensa da PGR. Rui Horta e Costa passa, assim, a ser o 21.º arguido da Operação Marquês, que também tem como arguidos José Sócrates, Carlos Santos Silva, Armando Vara e Ricardo Salgado.

Segundo o Correio da Manhã, Rui Horta e Costa é suspeito de ter promovido um pagamento ilícito de dois milhões de euros a Armando Vara e Carlos Santos Silva por via de uma quantia não declarada no negócio de venda de um terreno em Vale do Lobo.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pelos CTT, é explicado que a renúncia ao cargo de administrador não-executivo foi feita “por motivos pessoais supervenientes à divulgação ontem [terça-feira] efectuada das Recomendações da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações do Conselho de Administração dos CTT”.

“Atento o referido e no exercício das suas competências, a Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações diligenciará a necessária alteração às respectivas Recomendações quanto à composição dos órgãos sociais dos CTT para o mandato 2017-2019, mantendo os accionistas da sociedade e o mercado prontamente informados”, acrescenta o comunicado da empresa liderada por Francisco Lacerda.

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