Oumou, Fatoumata, Gaye, Lura, Savina, Leyla, Cristina: um mundo feminino no FMM Sines

O primeiro vislumbre do próximo Festival Músicas do Mundo, em Sines, faz-se no feminino.

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Fatoumata Diwara FOTO: DR
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Lura FOTO: DANIEL ROCHA
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Oumou Sangaré FOTO: DR
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Gaye Su Akyol FOTO: DR
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Leyla McCalla FOTO: DR
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Hindi Zahra FOTO: DR
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Cristina Branco FOTO: FERNANDO VELUDO
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Savina Yannatou FOTO: DR

O primeiro vislumbre do próximo Festival Músicas do Mundo, em Sines, faz-se no feminino. Entre 21 e 29 de Julho, com concertos distribuídos entre Sines e Porto Covo, sabemos que vamos encontrar por lá Oumou Sangaré, Fatoumata Diwara com Hindi Zahra, Gaye Su Akyol, Lura, Savina Yannatou, Leyla McCalla e Cristina Branco.

No caso das duas cantoras malianas, Oumou Sangaré e Fatoumata Diawara, trata-se do regresso de intérpretes cujo nome ficou já firmado nalgumas das melhores noites da história do FMM. Oumou, que actuou em Sines em 2007 e voltou em 2012 na companhia de Béla Fleck, lançará em Maio o sucessor do já distante Seya (2009). Mogoya (qualquer coisa como “as pessoas de hoje”) tem por primeiro single Yere faga, tema que conta com a carismática participação do co-fundador do afrobeat Tony Allen. Anunciado já em Agosto de 2015, no meio da azáfama de concertos e dos compromissos de activista da cantora de Wassoulou, e descrito como traindo o seu estilo habitual mas aproximando-se do gosto das novas gerações – Oumou partiu à procura de um maior equilíbrio entre instrumentos acústicos tradicionais e eléctricos –, Mogoya é o oitavo álbum de uma das grandes figuras de referência da música africana das últimas duas décadas.

Fatoumata, confessa seguidora de Oumou, estreou-se no FMM em 2012, tendo voltado à cidade alentejana em 2014, acompanhada então pelo pianista cubano Roberto Fonseca. Desta vez, o mote será um concerto partilhado com a franco-marroquina Hindi Zahra. O arranque da parceria em palco das duas cantoras, baptizada Olympic Café Tour, acontecerá em Março, no festival francês Banlieues Bleues, seguindo-se uma série de datas pela Europa, enquanto se prolonga a espera pelo sucessor do seu álbum de estreia, Fatou (2011).

As estreias em Sines de Gaye Su Akyol e Leyla McCalla prometem vir a juntar-se também às páginas douradas de um FMM que tem sido sistematicamente reconhecido nos últimos anos pela revista inglesa Songlines como um dos 25 festivais mais importantes dedicados às sonoridades da dita world music. Gaye Su Akyol é uma jovem cantora turca que se diz devedora das grandes vozes da tradição musical do seu país, embora se apresente rodeada de uma banda de filiação rock, dada ao psicadelismo e à música surf. Após um excelente primeiro disco, Develerle Yasiyorum (2014), o final do ano passado trouxe a notoriedade internacional da sua música com o lançamento de Hologram Imparatorlugu. Leyla McCalla notabilizou-se enquanto violoncelista dos refazedores da folk norte-americana Carolina Chocolate Drops, mas autonomizou-se com resultados notáveis ao mergulhar na música haitiana com a edição de Vari-Colored Songs. Em 2016, voltou a marcar pontos com A Day for the Hunter, a Day for the Prey.

Pelo FMM passarão também os mais recentes álbuns de Cristina Branco (Menina conta com composições inesperadas de Filho da Mãe, Cachupa Psicadélica, Luís Severo ou os ex-Ornatos Violeta Peixe e Nuno Prata), da cabo-verdiana Lura (com Herança, mais um passo na investigação das suas raízes) e da grega Savina Yannatou, cujo último registo, Songs of Thessaloniki, visita a memória musical da sua cidade enquanto lugar de encontro de várias culturas, religiões e etnias.

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