Andante deve chegar em breve a mais troços urbanos da CP e à Linha do Vouga

Área Metropolitana espera em Fevereiro chegar a acordo para estender o Andante até Paredes, (Aves) Santo Tirso, Paramos (Espinho) e às estações do Vouguinha

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Hugo Santos

A Área Metropolitana do Porto espera durante o mês de Fevereiro conseguir chegar a acordo com a CP para a extensão do tarifário Andante a mais estações dos serviços urbanos desta empresa ferroviária e também à Linha do Vouga. Este alargamento da cobertura do sistema intermodal decorre em paralelo com uma reformulação do próprio zonamento do Andante, de modo a alargá-lo a toda a região e a criar condições para atrair mais empresas de transporte para este tarifário.

Neste momento, o zonamento Andante abrange dez dos 17 municípios da região, mas mesmo nesse território nem todos os modos de transporte aceitam o título intermodal de transporte que nasceu com o metro do Porto mas alargou-se à STCP, a vários outros operadores rodoviários privados e a parte das linhas urbanas da CP.

Esta empresa tem aceitado integrar mais estações no tarifário Andante, e depois do anúncio do alargamento à Trofa, na Linha do Minho, segue-se a extensão a Paredes, nos urbanos Porto-Marco de Canaveses, abrangendo S. Martinho do Campo, Terronhas, Trancoso, Recarei, Parada, Cête, Irivo e Oleiros; a Lousado, Santo Tirso, Caniços e Vila das Aves, na Linha Porto-Guimarães e a Silvade e Paramos, estações do concelho de Espinho do serviço Porto-Aveiro.

O responsável técnico pela área dos transportes na Área Metropolitana, Avelino Oliveira, informou esta sexta-feira os autarcas do conselho metropolitano de que a CP admite também integrar a Linha do Vouga (Espinho, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e São João da Madeira) no Andante, apesar de o Vouguinha, como é conhecido, não estar integrado na rede de serviço urbano da empresa. Esta medida, a concretizar-se, implicará a aquisição de equipamento de validação dos cartões, que não existe nesta linha.

O sector dos transportes públicos está em mudança acelerada na região, que terá, também em breve, segundo Avelino Oliveira, um novo zonamento Andante que, para além de passar a abranger os 17 concelhos, será redefinido, passando de 46 para 150 zonas, de modo a tornar-se mais atractivo, em termos de repartição das receitas, para os 30 operadores que têm 500 carreiras de autocarros de fora do sistema. Mas para já ainda não há um prazo para a entrada em vigor do novo mapa de zonas.

Já a expansão do metro do Porto tem uma data importante pela frente. A 7 de Fevereiro, o Ministério do Ambiente anuncia quais serão as linhas contempladas com os 280 milhões de euros de financiamento disponível. Mas o accionista principal da Metro vai tomar a decisão – e anunciá-la – sem que o seu parceiro na empresa, a Área Metropolitana (que detém 40% da sociedade), tome uma posição colegial sobre as opções de investimento, que, sabe-se, vão recair sobre a ligação São Bento-Casa da Música, no porto, e sobre a extensão da linha D até Vila D’Este, em Gaia.

O autarca de Gondomar, Marco Martins, que é um dos três administradores não executivos da Metro nomeados pela Área Metropolitana, deplorou a ausência de um debate e de uma posição sobre o assunto, que sinalizasse qual o sentido de voto dos três administradores, na empresa. O socialista pediu que o tema fosse agendado, mas o seu camarada de partido e autarca de Santo Tirso, Joaquim Couto, que presidiu a esta reunião do conselho metropolitano, recusou a proposta, por ter considerado que esta chegara fora de tempo.   

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