Cartas ao director

Social-democratas, mas pouco

Li a extensa entrevista que Catarina Martins deu ao PÚBLICO e fiquei espantado - ou não - com a afirmação de que o seu BE tal como o PCP defendiam políticas social-democratas. É preciso descaramento. Para mim não é novidade a nova postura da extrema-esquerda europeia: em Espanha, o Podemos de Pablo Iglésias no meio da maior radicalidade também se afirma social-democrata.

O nosso BE pelo seu pouco envolvimento internacional consegue esconder melhor a sua verdadeira natureza. Já o Podemos é apoiado pelo Partido Socialista Venezuelano de Maduro e, as receitas que  têm aí sido aplicadas levaram a um desastre de tamanho descomunal. Catarina Martins aconselho-a - se me permite - a informar-se melhor da verdadeira natureza da social-democracia. E, por favor, não nos tente enganar. É tempo perdido, não vale a pena...

Ezequiel Neves, Lisboa

E se fosse o PSD?

Não há memória de ter havido na nossa recente democracia uma tão grande manifestação de cumplicidade como entre  o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro António Costa. Os encontros frequentes dos dois governantes em variadíssimos eventos, as frases de concordância política entre ambos, a sintonia de ideias e perspectivas fazem um tandem político assinalável.

Esses amores políticos, uteis para a governação, por vezes deixam a dúvida se resultam de amores puros ou de represália por amores rejeitados. A questão é: e se fosse o PSD que estivesse na governação? Será que poderia haver essa cumplicidade? Os media e a oposição tolerariam esses namoros? Fica a ideia de que a calmaria social, política e governamental em vigor está demasiado sossegada para os enormes problemas com que se debatem as famílias e o país. Oxalá não venha a haver razão para o aforismo popular: zangam-se as comadres descobrem-se as verdades.

Duarte Dias da Silva, Lisboa

Esquecemos o que é o Inverno?

Parece estarmos num tempo que “aprontamos” notícias por mais nada ter que fazer e mais nada saber fazer. Não há muito tempo na Europa os Invernos eram frios e chuvosos e os Verões muito quentes. Este Inverno está a ser Inverno, tem tido períodos de chuva intensa e está numa vaga de frio “forte”.

Parece algo de extraordinário, nunca visto e que tem que estar a ser noticiado a todo o momento. Se calhar, teríamos que ter provas constantes de que alterámos de tal forma a atmosfera que nos envolve. De facto estamos no Inverno.

Estamos “numa” de arranjar subterfúgios para criar alarmismos, para criar desconforto, para achar que temos que mudar tudo para termos como encher as redes sociais, as notícias de meio minuto e o sensacionalismo.

A. Küttner de Magalhães, Porto

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