O discurso de Trump na íntegra: “De hoje em diante, uma nova visão vai governar a nossa terra”

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Reuters/CARLOS BARRIA

“Nós, os cidadãos da América, unimo-nos agora num grande esforço nacional para reconstruir o nosso país e para restaurar a sua promessa para todo o nosso povo.

Juntos, vamos determinar o curso da América e do mundo nos próximos anos.

Vamos enfrentar desafios. Vamos ser confrontados com dificuldades. Mas vamos fazer o trabalho.

A cada quatro anos, juntamo-nos aqui nesta escadaria para fazermos a transferência pacífica do poder, e estamos gratos ao Presidente Obama e à primeira-dama Michelle Obama pela sua graciosa ajuda nesta transição. Têm sido magníficos.

A cerimónia de hoje, porém, tem um significado especial. Porque hoje não estamos apenas a transferir o poder de uma administração para outra, ou de um partido para outro — estamos a transferir o poder de Washington e a devolvê-lo de volta a vocês, o povo americano.

Durante demasiado tempo, um pequeno grupo na capital da nossa nação colheu os benefícios do governo enquanto o povo suportou os custos.

Washington floresceu — mas o povo não partilhou a sua riqueza.

Os políticos prosperaram — mas faltaram empregos e as fábricas fecharam.

O sistema protegeu-se a si próprio, mas não aos cidadãos do nosso país.

As vitórias deles não foram as vossas vitórias; os seus triunfos não foram os vossos triunfos; e enquanto celebraram na capital da nossa nação, pouco havia para celebrar entre as famílias que lutavam para sobreviver na nossa terra.

Tudo isso muda — aqui e agora, porque este é o vosso momento: pertence-vos.

Pertence a todos os que se juntaram aqui hoje e a todos os que estão a ver por toda a América.

Este é o vosso dia. Esta é a vossa celebração.

E isto, os Estados Unido da América, é o vosso país.

O que verdadeiramente importa não é que partido controla o governo, mas se o governo é controlado pelo povo.

20 de Janeiro de 2017 vai ser lembrado como o dia em que o povo se tornou de novo o governante desta nação.

Os homens e mulheres esquecidos do nosso país nunca mais serão esquecidos.

Agora, todos vos escutam.

Vocês vieram, às dezenas de milhares, para fazerem parte de um movimento histórico como o mundo nunca viu.

No centro deste movimento está uma convicção crucial: que uma nação existe para servir os seus cidadãos.

Os americanos querem excelentes escolas para os seus filhos, vizinhanças seguras para as suas famílias, e bons empregos para eles.

Estas são as exigências justas e razoáveis de um povo justo.

Mas para demasiados dos nossos cidadãos, existe uma realidade bem diferente: mães e crianças estão presos à pobreza nas nossas cidades; fábricas enferrujadas povoam, como túmulos, toda a paisagem da nossa nação; no sistema educativo, despeja-se dinheiro mas deixa os nossos jovens e bonitos estudantes sem conhecimento; e o crime e os gangues e as drogas roubaram-nos demasiadas vidas e roubaram o nosso país de tanto potencial que ficou por realizar.

A carnificina americana acaba aqui e acaba agora.

(...)

Durante muitas décadas, enriquecemos a indústria estrangeira às custas da indústria americana. Subsidiámos os exércitos de outros países enquanto permitimos a delapidação dos nossos militares; defendemos as fronteiras de outras nações enquanto recusámos defender as nossas, e gastámos triliões de dólares no estrangeiro enquanto as infra-estruturas se tornavam irrecuperáveis e decadentes.

Fizemos outros países ricos enquanto a riqueza, a força e a confiança do nosso país desapareciam no horizonte.

(...)

De hoje em diante, uma nova visão vai governar a nossa terra.

A partir deste momento, vai ser a América em primeiro lugar.

Todas as decisões sobre comércio, impostos, imigração, assuntos externos serão feitas em benefício dos trabalhadores americanos e das famílias americanas.

Temos que proteger as nossas fronteiras da rapina de outros países que estão a fazer os nossos produtos, a roubar as nossas empresas e a destruirem os nossos empregos. A protecção vai levar-nos a uma grande prosperidade e força.

(...)

Vamos reforçar velhas alianças e fazer novas — e unir o mundo civilizado contra o terrorismo do islamismo radical, que vamos erradicar completamente da face da terra.

A pedra basilar da nossa política vai ser o total comprometimento com os Estados Unidos da América, e através da nossa lealdade ao nosso país, vamos redescobrir a nossa lealdade para com os outros.

Quando abrimos o coração ao patriotismo, não há espaço para o preconceito.

(...)

Nunca mais aceitaremos políticos que são só conversa e pouca acção — e constantemente a queixar-se mas a não fazer nada.

O tempo das conversas vazias acabou. Chegou o momento da acção.

Não falharemos. O nosso país vai prosperar outra vez.

(...)

Assim, a todos os americanos, em todas as cidades perto e longe. pequenas e grandes, das montanhas e de oceano a oceano, ouçam estas palavras:

Nunca mais seremos ignorados.

A vossa voz, esperanças, os vossos sonhos, vão definir o destino da América. E a vossa coragem, bondade e amor vão guiar-nos para sempre no caminho.

Juntos, faremos a América forte outra vez. Vamos fazer a América rica outra vez. Vamos fazer a América orgulhosa outra vez. Vamos fazer a América segura outra vez.

E sim, juntos, vamos fazer a América grandiosa outra vez.”

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