Sindicato teme pressão sobre funcionários do BCP para colocar novas acções

Accionistas privados podem subscrever acções do aumento de capital ou vender esses direitos.

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Aumento de capital do banco liderado por Nuno Amado começa a 19 de Janeiro. Reuters/RAFAEL MARCHANTE

O Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) defendeu esta terça-feira prudência na pressão exercida junto dos balcões do Millennium BCP para a subscrição do aumento de capital, anunciado ao mercado.

O aumento de capital ascende a 1,3 mil milhões de euros e foi coordenado com os grandes accionistas da instituição, nomeadamente os chineses da Fosun, e com um sindicato bancário. Aos actuais accionistas, incluindo os minoritários, será atribuído um direito de subscrição por cada acção representativa do actual capital social do banco, que garante a participação no aumento de capital, ou que pode ser vendido em bolsa.

O SBC diz estar “preocupado com o esforço que venha a ser exigido aos trabalhadores bancários daquela instituição bancária” na colocação de acções junto de clientes/accionistas da instituição. Em comunicado, a estrutura sindical refere que “a decisão de investimento deve ser da inteira e exclusiva responsabilidade dos clientes, cabendo aos trabalhadores bancários a explicação da operação, nunca devendo influenciar a decisão”.

O SBC destaca ainda que “os trabalhadores do MillenniumBCP já deram um forte e importante contributo no reforço de capitais do BCP através da revisão do Acordo Colectivo de Trabalho, assinado em finais de Dezembro e que permitirá uma substancial redução de capital para provisionamento do fundo de pensões e assim uma menor pressão sobre o capital social da Instituição.

Apesar das reservas, o SBC mostra-se “confiante do sucesso da operação de aumento de capital e consequente consolidação da estabilidade do Banco Comercial Português”.

As acções do BCP continuam muito pressionadas, desvalorizando 10%, para 0,93 euros, mas abaixo da desvalorização máxima atingida ao íinício da manhã, que superou os 15%.

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