Cartas ao director

Você comprava o Novo Banco?

Eu não, se o vendedor fosse Sérgio Monteiro. Tal como não lhe compraria um carro usado. Mas isso é um problema meu. Problema nosso é termos-lhe pago uma batelada de massa para os resultados pífios que teve a coragem de apresentar.Ter saído do Governo de que fazia parte para nos vir prestar tal serviço, só mesmo das mentes de Passos e Maria Luís. Falta saber se o interesse era esconder o passado e a forma como esse Governo desgovernou o dossier, mantendo debaixo do tapete o esterco que por lá andava, arranjar-lhe um tacho (que ele até já tinha), teimar numa orientação político-negocial com vista à “privatização” do banco que já nos devia mais do que o que valia e vale, prejudicar a liberdade de movimentos do futuro governo. Para nos esclarecer, pois que venha o diabo (não “o tal”, mas o verdadeiro) e escolha.

José A. Rodrigues, Vila Nova de Gaia

 

Dar com uma mão e tirar com outra

António Costa e Mário Centeno são dois vendedores de banha da cobra. Afinal, a badalada dedução do IVA do passe social no IRS não é para todos. Ou melhor, os mais desfavorecidos não são beneficiados: metade dos portugueses não paga imposto sobre rendimentos.

A política de dar com uma mão e tirar com três é sistémica. As subidas dos preços dos transportes públicos, gasóleo, gasolina, electricidade, portagens e dos impostos indirectos é um saque à generalidade dos portugueses. O aumento mensal das pensões mínimas do regime geral” não chega para a cova de um dente”.Com as eleições autárquicas à porta, o magnânimo governo vai devolver 78 milhões de euros em juros aos municípios relativos à cobrança de IMI e IMT. Como cintila o ditado popular,“ O pior cego é aquele que não quer ver”.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

 

Lembram-se da TSU?

Foi há poucos anos, mas a TSU (Taxa Social Única) voltou! Ou melhor, voltou o seu desaparecimento para os patrões. O despudor dos socialistas é um pouco menor que os do PSD/CDS, mas voltou! Da outra vez era uma TSU tipo "Robin dos Bosques ao contrário", o que aos patrões decrescia, subia o vindo dos bolsos dos trabalhadores. Agora continua a minguar no pagamento dos primeiros para também o fazer nos cofres da Segurança Social (SS)  e ainda nos bolsos dos contribuintes que pagam no Orçamento de Estado aquilo que os patrões poupam.

Sei que a "esperteza" do ministro Vieira da Silva  diz que a SS vai obter mais receita pois o novo valor do salário mínimo acarreta essa consequência  mas... também já ouvi o mesmo tipo de raciocínio quando a extinção da CES ( Contribuição Extraordinária de Solidariedad) foi equiparada a aumento de valor das pensões... Bom, o salário mínimo sobe mas porque diabo ( outra vez o demo...) tem que baixar a TSU? Porquê esta permanente desculpa em que nunca se paga o que trabalho merece e se está sempre a "compensar", para não "afugentar," o capital?.

Fernando Cardoso Rodrigues, Porto

 

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