Está tudo a "correr muito bem" apesar da grande afluência às urgências, garante ministro

Adalberto Campos Fernandes desvalorizou ainda a suspensão cirurgias de rotina por falta de camas em períodos de gripe.

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Nuno Ferreira Santos/Arquivo

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou esta terça-feira que há uma "grande" afluência de pessoas aos serviços de urgências, mas "as coisas estão a correr muito bem".

"Temos dezenas de unidades hospitalares e centenas de centros de saúde e o que verificamos é que este ano as coisas estão a correr muito bem, com o esforço enorme dos profissionais de saúde", disse, à margem da tomada de posse dos Corpos Gerentes da Misericórdia do Porto.

O governante frisou que, sempre que alguma coisa corre menos bem, há a intervenção imediata das direcções dos hospitais e das administrações regionais de saúde para corrigir o que há para corrigir. "Temos hoje o maior número de médicos no Sistema Nacional de Saúde de que há memória, temos mais enfermeiros, estamos a investir nos equipamentos e estamos a criar condições para que o inverno passe e as pessoas sejam bem acolhidas", salientou.

O objectivo do Ministério da Saúde é que a população tenha, ano após ano, mais condições, sustentou.

Face ao aumento da actividade gripal, vários centros de saúde do país alargaram o horário dos Serviços de Atendimento de Situações Agudas (SASU) para responder à procura.

Suspensão de cirurgias é "totalmente normal"

O ministro da Saúde garantiu também que a suspensão de cirurgias de rotina por falta de camas em períodos de gripe é "totalmente normal" e uma "boa prática dos hospitais" como o de Tondela-Viseu. "Não há nenhuma novidade", respondeu Adalberto Campos Fernandes, quando questionado sobre o alerta feito esta terça-feira pelo Centro Hospitalar Tondela-Viseu, que poderá ter de cancelar cirurgias de rotina durante o plano de contingência por falta de camas para internamento.

Para o governante, "o que está a acontecer é totalmente normal, acontece sempre e é uma boa prática dos hospitais na gestão do seu contingente de internamento em termos de plano especial de Inverno". Segundo o ministro da Saúde, "faz parte todos os anos" dos planos de contingência "poder diferir alguma cirurgia não urgente" e "acomodar esses doentes dentro de um quadro de flexibilidade e de elasticidade do sistema".

O Centro Hospitalar Tondela Viseu alertou esta terça-feira que as cirurgias de rotina poderão ser canceladas durante o plano de contingência que ficará em vigor enquanto durarem as baixas temperaturas, devido à falta de camas para internamento. Em declarações aos jornalistas, a directora clínica do Centro Hospitalar Tondela Viseu, Helena Pinho, explicou que já há "muitos doentes internados a cargo da Medicina", numa altura em que ainda não terá sido atingido o "pico" dos casos de infecções respiratórias.

O plano de contingência está activo desde segunda-feira e assim se manterá enquanto se registarem temperaturas mínimas muito baixas, que habitualmente levam ao prolongamento do período das infecções respiratórias. Em 2016, o plano vigorou até Abril.

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