Museu Berardo recebeu mais de um milhão de visitantes em 2016

Foi um ano recorde para a colecção depositada no Centro Cultural de Belém ao abrigo de um protocolo entre Joe Berardo e o Estado português.

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FILIPE CASACA

O Museu Colecção Berardo, em Lisboa, recebeu mais de um milhão de visitantes em 2016, ano em que se cumpriram dez anos da assinatura do protocolo celebrado entre o coleccionador José Berardo e o Governo. Fonte do gabinete de comunicação do museu indicou à Lusa que 1.006.145 visitantes passaram pelas 11 exposições patentes ao longo do último ano, num crescimento de 22,2 por cento face a 2015.

De acordo com os dados edisponibilizados pela instituição, 2016 foi o ano em que o Museu Colecção Berardo recebeu mais visitantes, ultrapassando os 964.540 registados em 2010. Desde a abertura, em Junho de 2007, o museu recebeu um total de 6.641.396 de visitantes.

Relativamente à programação prevista para este ano, mantém-se a incógnita Pedro Lapa, o director do museu, foi dizendo ao longo dos últimos meses que a indefinição acerca da renovação do protocolo entre o Estado e Joe Berardo comprometia o planeamento do calendário para 2017. Em todo o caso, continuarão abertas as duas exposições permanentes da colecção (Colecção Berardo 1900-1960 e Colecção Berardo 1960-1990), que permitem um percurso pela história de arte do século XX, e as duas exposições temporárias Visualidade e Visão – Arte Portuguesa na Coleção Berardo II (até 12 de Março) e Fernando Lemos – Para um retrato colectivo em Portugal no fim dos Anos 40 (até 2 de Abril), ambas com curadoria de Pedro Lapa. 

O protocolo de 2006 que assegurava a cedência de obras da Colecção Berardo ao Estado e a manutenção do museu foi renovado a 23 de Novembro por José Berardo e pelo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes. De acordo com a adenda ao acordo, as entradas no museu vão deixar de ser gratuitas, com o preço dos bilhetes a ser decidido pelo novo conselho de administração da Fundação Berardo, que deverá ser nomeado ainda este mês.

Até agora, as entradas têm sido gratuitas por vontade do coleccionador, mas o ministro da Cultura justificou a alteração, com a necessidade de "obter mais meios de financiamento".

O documento estipula ainda que o orçamento para o museu proveniente do Estado passa a ser bienal, sendo que para 2017 é de 2,1 milhões de euros.

O novo acordo permite manter a Colecção Berardo no museu por mais seis anos, com possibilidade de prorrogação caso não seja denunciado por nenhuma das partes.

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