Arouca constrói ecopista nas margens do rio Arda

Projecto financiado por fundos europeus arranca em 2017 e deve estar concluído em 2018.

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A ecopista vai ser partilhada por peões e ciclistas, explica o autarca de Arouca Dato Daraselia

O Município de Arouca vai investir dois milhões de euros na construção de uma ecopista para ligar o centro histórico da vila a várias freguesias situadas ao longo do rio Arda, passando por escolas.Arouca, Santa Eulália, Urrô, Várzea, Rossas e Tropeço são as localidades a atravessar pela via, que terá oito quilómetros de comprimento por 2,5 metros de largura, para permitir a circulação simultânea de velocípedes e peões.

"O percurso começa no centro histórico da vila e vai continuar ao longo do rio Arda, passando por algumas zonas escolares, já a pensar em incentivar o uso da bicicleta como meio de locomoção mais saudável e ecológico", anunciou à Lusa o presidente da autarquia, José Artur Neves. "O trajecto é quase todo plano, com um declive médio de apenas 6% na zona do rio, e o piso será o mais natural possível, já que o percurso se desenha ao longo do nosso vale agrícola e não queremos que fique com aspecto artificial", acrescentou.

Financiado em cerca de 85% por fundos comunitários, o investimento na Ciclovia do Vale de Arouca prevê também a limpeza das margens do Arda e a recuperação dos seus muros de contenção, assim como a reabilitação de regadios tradicionais, moinhos e azenhas de azeite. A obra prevê-se de "fácil execução", mas será para arrancar apenas a partir de meados de 2017 e para concluir em 2018, uma vez que, entretanto, "há que fazer todo o trabalho de compra dos terrenos e, eventualmente, uma ou outra expropriação", disse a fonte.

José Artur Neves acredita, contudo, que todo o projecto "será bem aceite pela população, já que, além de valorizar as margens do rio, é um incentivo a hábitos de vida mais saudáveis". "A nossa intenção não é tanto a promoção do turismo associado a este tipo de estrutura, mas mais a educação dos cidadãos para a mobilidade alternativa - sobretudo por parte das crianças, que assim poderão crescer já com hábitos mais conscientes", realçou o presidente da Câmara. "É por isso que a ciclovia terá ligação à nossa Escola EB2/3, à Secundária e às EB1 de Santa Eulália e de Rossas", acrescenta. "Queremos dinamizar a autonomia dos miúdos e evitar mais automóveis a emitir CO2 no centro da vila", concluiu.

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