Novos gestores dos transportes públicos de Lisboa já estão escolhidos

Governo enviará os nomes esta semana para a comissão de recrutamento do Estado.

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Actual presidente da Transportes de Lisboa é a escolha de Medina para a Carris Miguel Manso

Os novos gestores que vão ficar à frente das empresas públicas de transportes de Lisboa já estão escolhidos. O ministro do Ambiente garantiu ao PÚBLICO que os nomes serão enviados “esta semana” para a Comissão de Recrutamento e Selecção da Administração Pública (Cresap). Sobre a separação das três empresas (Carris, Metro de Lisboa e Transtejo), que acontecerá a partir de 1 de Janeiro e após a anulação dos processos de concessão, Matos Fernandes admite que duas delas possam continuar a partilhar alguns serviços.

Unidas sob uma mesma marca, a Transportes de Lisboa, desde 2015, as três transportadoras do Estado serão em breve autonomizadas, o que implica que, em vez de um conselho de administração, passe a haver três. Se, no caso da Carris, a decisão será da autarquia, uma vez que esta passará a ser dona da empresa, na Metro de Lisboa e na Transtejo o executivo terá de nomear rapidamente os novos gestores – que entrarão em funções logo em Janeiro.

“Os nomes dos administradores estão escolhidos e irão para a Cresap esta semana”, afirmou o ministro, defendendo que “estas empresas precisam de um foco de gestão muito grande”. Matos Fernandes não quis adiantar as escolhas do Governo. Para a Carris sabe-se já que a escolha da câmara liderada por Fernando Medina é o actual presidente da Transportes de Lisboa, Tiago Farias.

A separação das três empresas traz outros desafios, já que, apesar de a área operacional se ter mantido autónoma, os departamentos administrativos foram fundidos. E, com a saída em massa de trabalhadores provocada pelos cortes impostos pelo anterior Governo, há hoje áreas que estão a ser asseguradas unicamente por quadros de uma das transportadoras.

“Estamos a trabalhar já há muito tempo nesse tema. No que diz respeito à separação entre a Carris e o Metro de Lisboa, o processo é pouco complexo. No que diz respeito à separação do Metro e da Transtejo, é mais complexo. Durante um período de tempo, os serviços vão ficar como estão e admito como muito natural que alguns venham a ser partilhados no futuro entre as empresas”, adiantou o governante. 

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