Pentágono confirma morte de emir do Daesh

Abu Baqr el-Hakim, suspeito de planear ataques na Europa, foi morto por um drone na cidade síria de Raqqa.

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Concentração na Praça da República, em Paris, depois do ataque de Janeiro de 2015 Loic Venance/AFP

Abu Baqr el-Hakim era considerado um dos mais altos quadros de nacionalidade francesa no Daesh dentro da divisão do grupo que se ocupa de planear atentados fora da Síria e do Iraque, em particular na Europa. Foi morto num ataque dos Estados Unidos com um drone a 26 de Novembro na cidade de Raqqa, confirmou agora o Pentágono.

“Quadro de longa data do Daesh, tinha ligações próximas a jihadistas franceses e tunisinos”, escreve o porta-voz do Ministério da Defesa norte-americano num email enviado à AFP, em resposta a um pedido de confirmação da morte de Hakim da agência de notícias. “Esta morte priva o grupo de um responsável implicado há muito tempo na preparação e organização de operações externas, para além de enfraquecer a sua capacidade para lançar ataques terroristas”.

Hakim nasceu em Paris, em 1983. Esteve pela primeira vez na Síra em 2002 e nos dois anos seguintes uniu-se à Al-Qaeda no Iraque (grupo percursor do Daesh), passando depois pela Tunísia e pela Líbia, nos anos mais recentes.

Os serviços secretos franceses acreditam que participou nos planos dos atentados de Janeiro de 2015, contra o jornal satírico Charlie Hebdo e um supermercado judaico, e 13 de Novembro do mesmo ano, contra múltiplos alvos na cidade de Paris.

A sua morte foi primeiro divulgada pela associação Raqqa Está a ser Massacrada em Silêncio, que junta sírios opositores dos jihadistas e do regime de Bashar al-Assad. A cidade do Nordeste da Síria é considerada a capital do autodenominado Estado Islâmico pelos membros do grupo.

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