Helen Marten vence prémio Turner 2016

A escolha da escultora e pintora britânica de 31 anos, a mais nova dos quatro finalistas do prémio, foi anunciada esta segunda-feira à noite na Tate Britain, em Londres.

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Helen Marten foi a vencedora Reuters/EDDIE KEOGH
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O prémio Turner, o mais mediático galardão britânico no domínio das artes visuais, foi atribuído esta segunda-feira à escultora e pintora britânica Helen Marten, nascida em 1985, nomeada pelas suas exposições de 2015 na 56.ª Bienal de Veneza e na galeria Greene Naftali, em Nova Iorque.

Promovido pelo grupo de museus e galerias Tate e destinado a artistas com menos de 50 anos que tenham nascido ou vivam e trabalhem no Reino Unido, o prémio Turner de 2016, no valor de 25 mil libras (29.500 euros) foi anunciado esta segunda-feira à noite na Tate Britain, em Londres, numa cerimónia difundida em directo pela BBC.

O director da Tate Britain, Alex Farquharson, presidente do júri, disse que Marten tinha sido escolhida pelo “incrível virtuosismo” do seu trabalho. “Ela é uma espécie de poeta no modo como usa materiais, imagens e objectos encontrados”, acrescentou Farquharson, considerando a sua obra “incessantemente intrigante”, já que, afirmou, “nunca se se estabiliza num determinado significado, é muito, muito aberta e comporta múltiplas narrativas, sugerindo um mundo em fluxo constante”.

Este é definitivamente o ano de Helen Marten, que já ganhara há menos de um mês a primeira edição do prémio Hepworth de escultura, no valor de 30 mil libras (cerca de 35 mil euros).

As esculturas híbridas de Martens utilizam simultaneamente objectos encontrados e fabricados e, segundo o editor da secção de artes da BBC, Will Gompertz, “formam um complexo quadro de ideias e associações” e funcionam como “puzzles poéticos”.

Num ano em que o Turner se voltou para a escultura, Marten competia pelo prémio com Michael Dean, Anthea Hamilton e Josephine Pryde. O trabalho dos quatro finalistas está exposto desde Setembro, e até 9 de Janeiro, na Tate Britain.

Criado em 1984, o prémio Turner, tão prestigiado quanto polémico, já foi ganho por artistas como Damien Hirst ou a dupla Gilbert & George, entre muitos outros. Em 2015 tinha sido atribuído ao colectivo de design e arquitectura Assemble por um projecto de recuperação de casas a baixo preço em Liverpool.

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